Livro: Como conquistar um conde Página 3

... aixou as mangas bufantes sobre os ombros e depois, sem nenhum pudor, ajeitou com ambas as mãos os seios fartos dentro do corpete. Ele reprimiu um sorriso ao vê-la fazer um muxoxo e, em seguida, suspirou, fingindo-se pesaroso. — Receio estar um pouco "alto" ainda. Mas saiba, minha doce milady, que embora eu não me recorde de seu nome neste exato momento, estou certo de que é tão adorável quanto a dona. Vai me perdoar por isso? — Sempre galanteador! — Ela riu, encantada, e o apertou nas bochechas com as duas mãos, num gesto que Laird execrou. — Não estou assim tão ofendida, fique tranqüilo. Na verdade, meu querido, estou até aliviada. Se não consegue se lembrar do meu nome, é pouco provável que meu marido fique sabendo do nosso. passeio pelo jardim. — E casada?! — Os olhos de Laird se arregalaram de espanto. Maldição!, praguejou consigo. Por onde andavam as mulheres solteiras, ultimamente? Pareciam evitá-lo como se ele estivesse com varíola. Afinal, estava mudado. Ou pelo menos vinha tentando mudar. A contragosto, retirou um graveto do penteado exagerado de sua companheira. — Não me diga que não sabia — a bela dama murmurou, rindo. — Não se preocupe. Meu marido já está velho demais para se importar com essas coisas, enquanto você, meu lindo e viril conde. — Fitou-o dos pés à cabeça com lascívia e soltou um longo suspiro. — Além do mais, ainda nem me mostrou o tal "jardim do luar". Laird ergueu uma sobrancelha. — Como sabe sobre o jardim do luar? — É só no que se fala esta noite, por aqui. Dizem que, com a lua cheia, o lugar é mágico. E verdade? Ele girou o graveto nos dedos, sentindo-se pouco à vontade. — Já esteve no jardim, milady. — Mas não nessa parte. — A mulher correu o indicador pelo peito largo e parou pouco antes da faixa de seda que envolvia a cintura de Laird. — E eu gostaria tanto de conhecê-la. — disse com voz rouca, os olhos baixando significativamente para as calças ...

scuras. — Quem sabe amanhã não me leva até lá? Ele clareou a garganta, tentando ganhar tempo e pensar no que dizer. — Sinto minha linda dama, mas precisa me dar licença agora. Tenho que me juntar de novo aos meus convidados. Ela esboçou um sorriso maroto, a mão percorrendo a coxa musculosa com surpreendente volúpia. Em seguida, deu-lhe um beijo sensual e provocante, enquanto roçava os dedos nos botões da calça escura. — Tem certeza, milorde? Laird prendeu a respiração por um instante. — Receio que sim. — Ah, que lástima. — a mulher sussurrou, a respiração quente contra o ouvido dele. — Será que perdeu o interesse por mim, MacLaren? Sei muito bem que não sou a primeira que leva para um passeio no seu jardim. Tampouco serei a última. — Mordiscou-o no lóbulo da orelha. — Milady, eu. — Laird estreitou os olhos e a segurou pelos ombros, contendo os ânimos. — Bem. — A mulher deixou escapar um suspiro de frustração. — Se quer assim. — Deu de ombros, fulminando-o com o olhar por um segundo, depois girou sobre os saltos altos e desapareceu em direção ao salão apinhado de gente. Laird balançou a cabeça, desgostoso. Casada! E pensar que, já havia algum tempo, abandonara aquela vida pregressa em prol da família, apenas para se mostrar digno do nome MacLaren. E de lady Henceforth. Fazia mais de um ano, vinha se comportando de forma exemplar, como se esperava de um conde. Seus modos agora eram impecáveis e agia sempre como um cavalheiro. Até aquele momento, pelo menos. Suspirou longamente. Bastara uma noite em meio à sociedade londrina para retomar o velho hábito. Droga! Mas, ao menos, a sorte parecia estar ao seu lado, refletiu. Afinal de contas, lady Goodsport, se é que este era seu nome, havia facilitado bem as coisas. Apanhou a vela no castiçal e iluminou a própria imagem no espelho oval. — Olhe só isso. — murmurou para si mesmo, desgostoso. Estava um desastre. Foi então que algo no ref ...

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