Livro: Um Drink no Paraíso Página 2

... is um lugar para romances do que para transações co¬merciais. como a maioria dos restaurantes. A decoração era mo¬derna e casual, com o tema praia, que teria parecido muito melhor sem os enfeites cor-de-rosa e vermelhos pendurado do teto. E o que eram aqueles enormes corações em papel machê suspensos no ar como um pesadelo de cardiologista? — Posso ajudar? Mesmo quando ouviu a voz baixa lhe falando, um terrível pen¬samento lhe ocorreu. — Oh, não — disse ela, o olhar fixo naqueles corações decora¬tivos. — Por favor, diga-me que hoje não é Dia dos Namorados?! Natalie olhou para o barman que tinha falado e encontrou os olhos mais azuis que já vira. Era como se os olhos daquele ho¬mem magnífico de cabelos desalinhados e pele bronzeada esti¬vessem sorrindo para ela. — Tudo bem — concordou ele. — Eu não lhe direi. Pegando sua maleta, Natalie retirou seu celular. Como não no¬tara o significado da data?! Doze de junho. — Minha secretária deveria ter me lembrado — reclamou ela. — Esqueceu-se de mandar flores para alguém? Ela meneou a cabeça. — Não. Mas eu deveria ter sido mais cuidadosa. — Natalie olhou ao redor, agora vendo o óbvio. Os casais de mãos dadas, as conversas em sussurros. De todas as noites, tivera de escolher justamente aquela para se aventurar sozinha num bar. — Sou a única pessoa desacompanhada presa na \\"cabana do amor\\". O barman riu. Um som baixo e sexy. A camisa estava aberta no colarinho. E, apesar de amassada, lhe caía bem, talvez porque combinasse com os cabelos desalinhados e o jeito relaxado, como se tivesse acabado de sair da cama. — Você não é a única. Estou preso aqui também. Ele queria fingir que também estava desacompanhado? Talvez não. Talvez estivesse apenas reclamando que precisava trabalhar enquanto uma garota ardente ainda o esperava na cama. Mas ela não iria perguntar. — Bem, uma vez que estamos, ambos, aqui, o que posso lhe servir? — Oh. — Natalie ol ...

ou para a fileira de garrafas alinhadas contra a parede espelhada atrás dele. Garrafas reluziam em azul, cor-de-rosa e vermelho. Uma fileira inteira era devotada para uís-ques, alguns dos quais ela sabia serem muito velhos. Então, pediu o que sempre pedia. — Uma taça de vinho branco, por favor. E teve o segundo choque da noite. O barman balançou a cabeça. — Vocês não têm vinho branco? — É claro que temos. Mas vinho branco não é para você. Não esta noite. Tão intrigada quanto um pouco divertida — uma vez que Na¬talie era famosa por ser uma mulher decidida — ela falou: — E o que você tem em mente para mim? Esta noite? No momento em que as palavras saíram de seus lábios, ela se arrependeu. Sua voz soou baixa, sexy, como um convite. A última coisa que pretendera. Natalie se movimentou irrequieta no assento. Um drinque rápido e sairia daquela terra de corações cor-de-rosa. O homem atrás do bar pareceu não notar seu desconforto. Ob¬servou-a com olhos que lembravam o oceano e disse: — Alguma vez já experimentou Onda dos Sonhos? Deus, ela estava tendo uma agora, fitando aqueles olhos muito azuis e sentindo sua pulsação acelerar. Sabia que estava muito cansada, mas, ainda assim, era uma reação extremamente forte por um homem com quem não tinha nada em comum. — Tomei Onda dos Sonhos com suco de laranja quando era criança — replicou Natalie. Ele sorriu, mostrando dentes brancos e perfeitos. — Confie em mim, esse é muito mais divertido. E ela pensou: Por que não? Aqui estou eu, no Dia dos Na¬morados, sem namorado; posso, pelo menos, experimentar um drinque novo. — Tudo bem. Vou confiar em você. — Não vai se arrepender. Por que ela achava tão difícil acreditar naquilo? —Agora — veio uma voz feminina à esquerda de Natalie —, preciso de dois Orgasmos Arrasadores, um Sexo na Praia e um Rolando Entre os Lençóis. — Eu também — disse Natalie. Não percebeu que havia fala¬do em voz alta ...

Comentários:

Deixe aqui seu comentário sobre este livro: