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Almas em conflito

Livro: Almas em conflito Página 2

Autor - Fonte: Mary Wibberley

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... a Jane. — Permita que me apresente. Sou Jackson T. Miller. Jane leu com atenção os dizeres do cartão, notando o endereço, na cidade de Nova Iorque, enquanto agradecia e estendia a mão, devolvendo o cartão. Ele insistiu, apontando para a bolsa que ela trazia a tiracolo. — Fique com o cartão, mocinha. Você vai para Saramanca? — Sim. Vou para. umas férias — disse Jane, hesitante. Ela não podia contar tudo a um estranho. Na verdade, não podia contar a ninguém as razões dessa viagem. Pelo menos por enquanto. Jackson Miller levantou-se e disse: — Vou buscar um refresco pra nós. O que você quer? — Jane hesitou novamente. Mas, ao notar a expressão amigável do estranho, deixou suas dúvidas de lado e disse, timidamente: — Oh, qualquer coisa gelada, por favor. E. meu nome é Jane Ritchie. — Prazer em conhecê-la, Jane. — Ele sorriu abertamente e estendeu a mão num gesto cordial. — Não é sempre que eu tenho chance de conversar com uma moça tão simpática. Espere aqui que eu volto num instante. No aeroporto, tudo parecia agora perfeitamente normal. O homem grandalhão que provocara o escândalo tinha desaparecido, mas a impressão que deixara permanecia no ar. Jane se sentia aliviada, porque possivelmente jamais iria vê-lo de novo. Estava também satisfeita por conhecer um companheiro de viagem tão simpático. Um pouco do desânimo que ela havia sentido desde sua partida de Londres começou a desaparecer. Afinal de contas, ela não estava fazendo a coisa de maneira errada. Tudo acabaria dando certo, apesar das profecias trágicas e desanimadoras de sua tia Dorothy. Durante alguns segundos recordou a última discussão com a tia, em Londres: — É sua última oportunidade. Se você viajar, não permitirei que volte para minha casa. Jamais! — Tia Dorothy estava de pé, perto da janela, de costas para Jane. Quando se virou, mostrando duas manchas cor-de-rosa na face enrugada pela idade, Jane sentiu pena dela. Naquele insta ...
te, viu a tia como ela realmente era, uma mulher solitária, revoltada, de meia-idade, que pela primeira vez na vida estranhava a desobediência de sua sobrinha. — Tia Dorothy. — dissera Jane, em voz baixa e controlada. — Sei que foi muito boa comigo, deixando que eu morasse com a senhora nos últimos seis anos. Serei eternamente agradecida por tudo que a senhora fez por mim. Mas, será que não consegue entender que preciso ver meu pai de novo? Será que não pode se colocar no meu lugar, pelo menos por um instante? — Ele não lhe deu a mínima importância quando abandonou sua mãe, há doze anos. Você tinha só seis anos de idade. Você por acaso se recorda disso? Diga-me! Não se lembra, não é? Seu pai não prestava, porque nunca prestou e nunca vai prestar. — Não! Ele tem escrito, escreveu muitas vezes. Mas eu não ia ficar sabendo se não tivesse falado por acaso com o novo carteiro. A senhora corria para apanhar as cartas antes de mim, todas as manhãs. — Fiz isso pelo seu próprio bem!. — A voz de tia Dorothy era estridente. — Não queria ver você magoada. — As cartas eram para mim! A senhora não tinha o direito de escondê-las. — Eu tinha o direito, sim. Você mora em minha casa, eu pago as suas contas. — Eu. não sabia que incomodava tanto a senhora, ficando aqui em sua casa. Sinto muito, mas darei um jeito de pagar tudo o que a senhora gastou comigo, quando entrar para a faculdade. Conseguirei um emprego durante o dia e estudarei à noite. — Calou-se quando notou a expressão endurecida e carrancuda da tia. E Jane sentiu que estava prestes a chorar; era um grande choque descobrir de repente que sua tia fizera tudo de má vontade, ainda que tivesse cuidado dela desde a morte de sua mãe. Agora Jane havia decidido de uma vez por todas o que queria. Fosse como fosse, ia viajar para rever seu pai. Ele não estava em condições de viajar, senão ele mesmo iria à Inglaterra encontrar-se com a filha. Ele já tinha dito iss ...

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Comentários:
Resa Mello: Bom.10/2021.
Valeria: Muito bom o romance.
minuche: boa mesmo essa história.valeu a pena.
Aliah Bettencourt: Achei bom mas o final poderia ser melhor, o livro acabou de uma forma muito simples!!! .
Adriana: Linda história. 26042016. Só achei que eles podiam ter tido mais tempo para se declararem. .
Eva: muito bom!!!.
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