Livro: Meu ídolo - Meu amor Página 3

... . Caminharam metade do corredor e ele parou repentinamente, abrindo uma porta. — Você queria entrar aqui de qualquer jeito, não queria? — perguntou, com um olhar raivoso, que se tornava mais amedrontador por causa da frieza que deixava transparecer. — Bem, você conseguiu. Na verdade, estou te convidando a ficar aqui por alguns instantes. Ele segurava seu ombro com tanta força, que, quando a soltou, Rose sentiu um alívio imediato. Quando pensou estar livre daquele brutamontes, ele a empurrou com tamanha força que a jogou contra a parede, fazendo-a perder o equilíbrio e cair. Assustada, tentou se levantar e ficar de pé. Então, notou que ele estava perto da porta, olhando-a com um ar de sádica satisfação, que a fez estremecer. — Você está louco? — gritou, quase chorando. — Não, somente louco, não! — resmungou. — Apenas louco para matar intrusos que invadem minha vida particular. Não sei como me achou, mas já que está aqui, terá um privilégio que espero que aprecie. Você será a primeira e última repórter que colocará os pés dentro desta casa. — Eu não sou repórter! — Rose negou com veemência, mas já era tarde. Ele havia batido a porta com força e saído. O pânico ameaçava invadi-la. Subiu os degraus da escada e começou a bater na porta e a gritar o mais alto que podia. Suplicou para deixá-la sair, ameaçou processá-lo se a mantivesse presa lá, mas de nada adiantou, a porta permanecia trancada. — Não acredito que isto esteja acontecendo — murmurou com voz trêmula. — Não acredito que nada disto esteja realmente acontecendo comigo. Muito nervosa, Rose levantou a cabeça e olhou lentamente à sua volta. Parecia estar numa prisão. Era iluminada por uma lâmpada muito fraca e parecia haver um monte de lixo empilhado num canto, como se alguém tivesse feito a limpeza na casa e jogado a sujeira lá, bem onde estava. Ficou arrepiada. E não era só por causa do medo que Rose estava sentindo. Fazia mui ...

o frio naquele lugar. Era difícil de acreditar que o sol brilhava fora da casa. Entregue a seus temores, não tinha idéia de quanto tempo havia passado desde que estava ali. Finalmente, sentiu forças para se levantar. As pernas ainda estavam um pouco moles, mas uma raiva crescente a dominava, tomando o lugar do medo, dando-lhe forças para reagir. Aquele homem com certeza havia pensado que ela era uma repórter vasculhando a vida dele, e definitivamente não gostava de repórteres. Mas a reação que tivera passara dos limites. Agarrá-la e jogá-la naquela cela era um absurdo. Ninguém em sã consciência faria algo semelhante, não importava o quanto odiasse a imprensa! Por que o proprietário da casa odiava tanto repórteres? Será que tinha algo a esconder, ou seria um homem famoso, em busca de anonimato? — Não importa quem ele é — falou consigo mesma. — Isso não importa agora. Devo me preocupar em como sair daqui. Mas sair não seria tão fácil. De fato, não demorou muito tempo para saber que era quase impossível fugir. Deveria permanecer lá até que aquele homem recobrasse o bom senso e a deixasse sair. E quanto tempo isso levaria, Rose não tinha idéia. Ficou andando de um lado para o outro, um frio intenso dominando-a completamente. — Ele nem me deu tempo para explicar o que eu estava fazendo aqui — murmurou, franzindo a testa. Respirou profundamente, tentando se acalmar. De nada adiantaria entregar-se ao desespero. Teria de esperar pela boa vontade de seu captor em tirá-la dali. O tempo passava devagar demais. Rose caminhou mais uma vez para o outro extremo do quarto, tentando reordenar as idéias. Talvez houvesse algum modo de sair dali. Jogada naquela pilha de lixo havia uma cadeira com espaldar quebrado. Pegou-a e sentou-se nela, sem se incomodar por estar coberta de poeira. Aliás, o fato de se sujar era o que menos a incomodava naquele momento. A única coisa que a interessava era saber quando o homem voltaria para de ...

Comentários:

Deixe aqui seu comentário sobre este livro: