Livro: Amarras da paixão Página 3

... irritada: — Bem, não fique parada aí como uma boba. Vá buscar a água. Sem gás. e sem limão. A garota engoliu em seco. — Sim, claro — e virou-se para sair. Quando fez isso, um convidado da galeria deu um passo abrupto para trás e colidiu com ela. Instintivamente, Alexeis estendeu a mão para segurar a bandeja, mas era tarde demais. Os copos de suco de laranja, que estavam na extremidade, caíram no chão e o conteúdo no vestido de Marissa. — Sua idiotal — exclamou Marissa furiosa. — Olhe o que você fez! Uma expressão de horror se estampou no rosto da garota. — Des. Desculpe-me. Um homem baixo com o semblante zangado se aproximou. — O que está acontecendo aqui? — ele perguntou. — Não é óbvio — respondeu Marissa. — Esta imbecil estragou meu vestido. O homem começou a se desculpar, mas Alexeis o inter¬rompeu: — Somente o corpete molhou, Marissa. Se você passar um paninho, logo vai secar. Está escuro, nem vai aparecer. Marissa não foi consolada. — Sua idiota — ela xingou a garçonete de novo. Alexeis segurou-lhe o pulso com força. — Vá procurar o toalete — ele disse. Não era uma su¬gestão. Enviando-lhe um olhar fulminante, Marissa partiu. En¬quanto isso, o homem baixo tinha chamado mais duas garçonetes, que haviam recolhido os cacos de vidro e limpado o piso de madeira. Enquanto Alexeis falava com Marissa, pôde ver a garçonete culpada pelo incidente andando apressada, ombros encurvados, para os fundos da galeria. Então o homem baixo começou a se desculpar com Ale¬xeis, que não estava interessado. — Foi um acidente — ele disse brevemente. O momento era muito oportuno para perder. ele se diri¬giu para a recepção na entrada. — Diga à Srta. Harcourt que precisei ir embora. —Alexeis saiu da galeria, pegando o celular para chamar seu motorista. Enviaria um cheque para que Marissa comprasse um vestido novo e uma jóia para combinar com o traje. Isso também significava que teria u ...

a noite de celibato. Então, descobriu-se pensando sobre a garçonete que Ma¬rissa ofendera. Aquilo não era justo, tinha sido um acidente, não incompetência. Lembrou-se da aparência da garota. Era realmente adorável. E na saia curta e blusa justa do unifor¬me, parecera muito. sensual. Involuntariamente, ele sentiu uma pressão no baixo ventre. Ora. essa não era uma reação apropriada para o momen¬to! Por mais adorável que ela fosse, não era o tipo de mulher com quem Alexeis normalmente se envolvia. De qualquer forma, não tinha o hábito de escolher mulheres em bases casuais. Selecionava-as com cuidado, não apenas pela apa¬rência, mas também as que se encaixariam em seu estilo de vida. e, é claro, que não quisessem nenhum tipo de com-promisso. Seu carro parou no meio-fio e ele entrou. Trabalharia na¬quela noite. Voaria para Nova York no dia seguinte, de qual¬quer maneira, e conhecia mulheres lá, poderia escolher uma para substituir Marissa. Alexeis recostou-se no assento de couro, olhando com in¬diferença pela janela, enquanto o carro ia para a Bond Street. Quando passou na frente da galeria de novo, ficou aliviado por não ver sinal de Marissa. Sua consciência pesava por ter terminado o relacionamento de forma tão brusca, mas sabia que Marissa estava interessada em sua fortuna e posição. nada mais. Ele estava prestes a desviar o olhar quando uma figura lhe chamou a atenção. Andando com passos rápidos, ombros encurvados, cabelos loiros e usando uma capa de chuva, lá estava a garçonete. De repente, sem nenhuma razão que justificasse sua atitu¬de, Alexeis pressionou o botão do interfone. — Pare o carro — ordenou para seu motorista. CAPÍTULO DOIS Carrie continuou sua caminhada. Se continuasse andan¬do, não pensaria. Não pensaria que acabara de perder o em¬prego. Novamente. Estava destinada a continuar perdendo empregos? Tinha sido culpa sua, é claro, e não podia cul¬pá-los por demiti-la. Permitira-se ser ...

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