Livro: Amor rival Página 2

... pondeu a minha pergunta. — Eu dirijo o time. — Seu papel será o mesmo dos tempos do velho Bill? — Bill King era um desportista e ele me escolheu. A enteada dele não está, nem nunca esteve ligada ao futebol. — Vocês dois já chegaram a algum entendimento? Nick hesitou. — Ainda não. O repórter pareceu surpreso. — E por que não? — Porque ainda não conversamos — foi a resposta um tanto seca. O repórter sorriu e Nick sentiu uma pontada na boca do estômago, mas nada demonstrou. — Concluo, então, que você ainda não se encontrou com sua nova chefe. — Ela tem estado bastante ocupada desde a morte de Bill, e eu mal saio do campo de treinamentos. Temos um encontro marcado para breve. — Devo ler nas entrelinhas, Bartlett, ou vai me adiantar alguma coisa? — Não para as duas perguntas. Derek Jacobs obviamente não ficou satisfeito com a resposta. — Alguma verdade nos boatos sobre você estar formando um grupo de pessoas para comprar o time? — Sem comentários. — Fique tranqüilo: isso não será publicado. — O que significa que você escreverá: “Uma fonte anônima próxima a Nick Bartlett me garantiu que. et cetera. et cetera.” — Ora, Nick, pensei que me daria alguma dica — o repórter comentou, com sinceridade. — Lamento. Sem comentários. — Pelo jeito, “sem comentários” parece ser a única coisa que poderei escrever no jornal caso a entrevista continue neste pé. — Vou deixar isso com você. — Nick sorriu, então tomou outro gole de cerveja. — Vamos lá, treinador, você me deve uma. Fale algo sobre a garota. O que sabe sobre ela? — No momento estou trabalhando para a srta. James, portanto dificilmente poderei lhe dizer qualquer coisa. — No momento? — Não tire conclusões precipitadas — Nick advertiu-o. — Mas você não está me fornecendo informação alguma! — Vamos falar de futebol, então. — Quero saber sobre a dona do time. — Pois fale direto com ela. — ...

onde ela está? Ninguém sabe. Nick deu de Ombros e, depois de chamar a garçonete com um gesto, deu um último gole na cerveja e se levantou. — Traga uma cerveja para o meu amigo aqui, sim? Por minha conta. — Qual é o problema, Hills? Está preocupada com a entrevista? Hillary James deixou de lado o sanduíche de atum e sorriu para o meio-irmão. — Eu não diria exatamente preocupada. Mas preferia que já tivéssemos deixado Boston e nos mudado para San Francisco. Não agüento mais toda essa pressão! — É que as pessoas querem saber tudo sobre os novos donos dos Schooners — afirmou Matthew. Hillary forçou um sorriso. Dissera a si mesma que entrevistas poderiam se transformar em experiências construtivas e que, provavelmente, teria de suportá-las pelos próximos meses. Se pretendia manter-se na chefia de um time de futebol, teria de se acostumar com a idéia. — O que vai dizer a Derek Jacobs? — Matthew perguntou, dando uma mordida em seu sanduíche. — Não fale com a boca cheia — ela o advertiu. Aborrecido, o garoto engoliu tudo antes de prosseguir. — O que vai dizer a ele? Hillary afastou dos ombros as mechas de cabelo cor de cobre. — Bem, acho que vai depender do que ele perguntar. — Ela sorriu. — Mas eu me sentiria muito mais tranqüila discutindo desenvolvimento infantil do que futebol. Matthew balançou a cabeça com vigor. — Mas os leitores não se interessam por esses assuntos. Ela o observou tomar a metade do copo de leite de um gole só. — Eu sei, mas ainda não me encontrei com os conselheiros do time. E as tabelas, os relatórios sobre lucros e prejuízos não significam muito sem as pessoas diretamente envolvidas. Estou começando a achar que não devia ter concordado com essa entrevista. Hillary tomou um gole do refrigerante observando Matthew encher a mão de biscoitos de chocolate. Cuidar de um garoto de catorze anos naqueles últimos meses tornara-se mais que um desafio. Dividir um apartamento ...

Comentários:

Deixe aqui seu comentário sobre este livro: