Livro: Tarde demais para esquecer - Shelley Bradley
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... Shelley Bradley Inglaterra, 1490 Dias de batalha, noites de paixão! Guerreiro altivo e destemido, Kieran Broderick tem sangue irlandês, mas é leal à Coroa Britânica. Por isso, quando o rei inglês decreta que ele se case com uma irlandesa para aplacar uma rebelião, Kieran concorda, embora com relutância. Recém-nomeado conde de Kildare, Kieran viaja para o Castelo de Langmore, a fortaleza dos implacáveis O’Shea, a fim de escolher sua noiva. No entanto, ao se decidir pela linda Maeve, que parece ser também dócil e submissa, Kieran se confronta com a mais difícil batalha de sua vida. Maeve é tudo, menos dócil e submissa, e se recusa a partilhar com ele o leito nupcial. Mas Kieran está determinado a conquistá-la, mesmo sabendo que, para isso, terá de transpor a sólida muralha que protege o coração de sua noiva rebelde… Shelley Bradley escreveu seu primeiro livro quando cursava a faculdade, sonhando com o dia em que suas histórias seriam publicadas. Ela participou de vários concursos de escritores, entre eles o da Associação de Romancistas da América, no qual foi vencedora do prêmio Golden Heart (Coração de Ouro). PRÓLOGO Yorkshire, Inglaterra, Novembro de 1484 Kieran Broderick exalou o ar na manhã fria e ainda enluarada. Com o pulso acelerado, esperava pelo grito de guerra que viria dentro de uma hora. Ansioso, esquadrinhou a paisagem de beleza agreste dos montes de Yorkshire que circundavam Hartwich Hall. Seu corpo necessitava muito de sono; porém Kieran não conseguiria dormir: estava focado na excitação que sempre precede uma batalha, na qual os homens ou vivem ou morrem, dependendo do discernimento e das espadas de cada um. Ele adorava sentir cada segundo daquela antecipação da batalha. Com um sorriso sarcástico, Kieran desceu do cavalo e entrou no Hall. Era o lar de seu mentor, Guilford, conde de Rothgate, e na verdade a família que Kieran conhecera. Na infância, vivera em Hartwich com Guilf ...

rd. Esse lorde sagaz havia sido como um pai para Kieran, que não tinha lembranças nada felizes do próprio pai. Kieran fora criado com dois outros guerreiros, irmãos de coração, desde a idade de oito anos. Na palma de sua mão, ainda trazia a cicatriz do pacto de sangue que haviam selado quando meninos, estabelecendo a lealdade entre Aric Neville, Drake MacDougall e ele. Ao pé da escada, ouviu as vozes familiares vindas de um aposento no andar de cima, e sorriu. — Os Campbell, lá em baixo, estão prontos para lutar — disse o amigo escocês, Drake MacDougall. E Aric suspirou. — Os Campbell nunca vão parar com essas querelas com os MacDougall? Há muito se sabe que o casamento de seus pais não foi um ato de agressão. — Sim, tudo não passou de má interpretação — retrucou Drake. — Vamos a essa luta; talvez seja a última! — Desço em breve — respondeu Aric. Kieran franziu o cenho. A voz forte de Aric estava sem o vigor costumeiro. Estaria doente? Com problemas? Enquanto subia as escadas, com o cenho ainda franzido, Kieran ouviu Drake perguntar a Aric: — Recebeu notícias? Aric não respondeu de pronto. Por um longo momento, o silêncio imperou. — Sim. Temo que estejam mortos. — A voz de Aric era pesada. — Sufocados em setembro na Torre. Kieran parou à porta do aposento onde os amigos conversavam. Mortos?Mesmo não tendo ouvido o início da conversa, ele suspeitava que Aric falava dos jovens príncipes da Inglaterra, Eduardo e Ricardo. A segurança das crianças preocupava Aric ultimamente. Teriam os infantes sido sacrificados em favor da ambição do tio? O encaixe de uma armadura bem engraxada soou dentro do quarto. Um instante depois, Drake disse: — Realmente é um dia de luto. Dói-me a perda da Inglaterra. Houve silêncio. Kieran não interferiu. Eles eram homens de pensamentos ponderados, sobretudo Aric. Kieran os admirava, mas não se comportava como eles: era um homem de ação. — Kieran chegou na noit ...

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