Livro: Viver um sonho
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... Copyright © 1992 by Carol Suzanne Backus Publicado originalmente em 1992 pela Harlequin Books, Toronto, Canadá. Todos os direitos reservados, inclusive o direito de reprodução total ou parcial, sob qualquer forma. Esta edição é publicada por acordo com a Harlequin Enterprises B.V. Todos os personagens desta obra, salvo os históricos, são fictícios. Qualquer outra semelhança com pessoas vivas ou mortas terá sido mera coincidência. Título original: Knight dreams Tradução: Vera Renoldi Copyright para a língua portuguesa: 1993 EDITORA NOVA CULTURAL LTDA. Al. Ministro Rocha Azevedo, 346 - CEP 01410-901 São Paulo - SP - Brasil Caixa Postal 9442 Esta obra foi composta na Editora Nova Cultural Ltda. Impressão e acabamento: Gráfica Círculo Digitalização: Néia Revisão: Simoninha – Projeto Revisoras Resumo:França, 1356 O cavaleiro de cabelos dourados surgiu como a visão encarnada dos sonhos de Gabrielle de Lauren. Ela aceitou sem vacilar a devoção do jovem guerreiro, com a certeza de que vivia uma experiência que antes julgava impossível de tornar-se real. Ela não teve tempo de perceber que a paixão impetuosa encobria uma obsessão doentia. Lorde Ruarke Sommerville pediu-a em casamento num impulso, iludido pela aparência frágil de Gabrielle, cuja semelhança com seu amor perdido chegava a ser assustadora. A realidade chocou Gabrielle. Romântica, viu-se casada com um homem de ímpetos selvagens que há muito sufocara o lado suave de seu temperamento. Apaixonada, sofria ao lado de um homem que a traía cada vez que a fitava, vendo na esposa apenas reflexos da imagem de outra mulher. Sobre a autora: Suzanne Barclay evoca com cores vívidas o ambiente medieval e o romantismo dos cavaleiros em suas fortalezas de pedra. Viver um Sonho, um encontro de amor, na França dilacerada pela guerra. VIVER UM SONHO Suzanne Barclay PRÓLOGO Poitiers - França Setembro de 1356 O sol de outono surgia no horizont ...

, afastando as sombras da noite. Seus raios dourados iluminavam a esplêndida bandeira francesa, capturada há uma semana na batalha de Poitiers e colocada no centro do pequeno acampamento inglês. Uma suave encosta separava as tendas dos soldados ingleses de um riacho cristalino onde Ruarke de Sommerville, senhor de Wilton, acabara de nadar, como costumava fazer todas as manhãs. Com os cabelos ainda molhados, ele parou no alto da elevação, sem disfarçar a contrariedade. — Com mil diabos! — praguejou ele, enfurecido. — Algum problema? — perguntou William de Lacy, capitão do pequeno exército liderado por Ruarke de Sommerville. Alcançando o topo da encosta, William examinou o acampamento com uma expressão de ansiedade, procurando algum sinal de perigo. Tudo estava silencioso e os homens dormiam junto às barracas, com as armas ao alcance das mãos. Permaneciam acordados apenas os lanceiros que guardavam as carroças com o saque reunido ao longo de inúmeras batalhas na região provençal. — Eles estão dormindo — disse William, respirando aliviado. — Pois deviam estar acordados e já prontos para cavalgar! William suspirou diante da intolerância do amigo. Ruarke fora educado pelo avô e desde a infância aprendera a enfrentar as adversidades com um sorriso nos lábios por isso freqüentemente se esquecia que seus homens precisavam de alimento e sono. A aparência física de Ruarke de Sommerville retratava a mesma fria dureza de um guerreiro do seu avô, Roger de Rivers, que dedicara os últimos anos de sua vida a preparar o neto para ser um cavaleiro obcecado em vencer batalhas. Mas ele também herdara a sensibilidade dos Sommerville, uma característica que se esforçava ao máximo em esconder. — Eles precisavam de descanso, Ruarke — advertiu William, que conhecia bem as qualidades ocultas do amigo. — Você exigiu uma marcha forçada e quase insuportável desde que vencemos a batalha. — Por motivos muito válidos — justifi ...

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