Livro: Caminho sem volta Página 3
Autor - Fonte: Anne Cooper.
...
melhor me deixar em paz, senão vou chamar o guarda para prendê-lo.
Ele virou as costas e se afastou. Laura voltou sua atenção para a pintura, mas notou que, depois de dar alguns passos, ele parou. Tinha sentado num dos bancos colocados
à disposição dos visitantes para um descanso. Mantinha os olhos cravados nela.
Laura procurou se concentrar no que fazia, sempre tentando descobrir o tom certo para colorir as chamas de seu quadro, mas, depois de ser observada por mais de quinze
minutos, acabou desistindo.
- Está bem, vou tomar um café com você. - Acomodou as tintas e os pincéis. - Mas só se me prometer que depois vai me deixar sossegada.
O homem ficou de pé voltando para junto dela.
- Muito bem, srta. Laura Grant. Tomamos café e depois.
- Como descobriu meu nome?
Ele apontou a tampa da caixa de tintas, onde o nome estava gravado. Laura lembrou que o pai escreveu seu nome ali no dia em que tinha lhe dado a caixa de presente.
- Somente um café, então. - Guardou as coisas, conformada. Dez minutos e volto para cá.
Pegou a bolsa e pediu ao segurança do museu que desse uma olhada em seu material de pintura. Propositalmente, não tirou o avental que usava para pintar. Era bom
que o desconhecido a achasse mal arrumada e desistisse de persegui-la.
Enquanto procuravam uma mesa vazia, ela analisou o estranho. Era bonito? Sem dúvida, mas o que impressionava era sua atração, a masculinidade, o porte ereto, o corpo
musculoso. Devia ser um executivo porque estava usando um terno de corte elegante, uma camisa impecável e gravata combinando.
- É inglesa, não é? - Ele começou a conversar depois que sentaram.
- Sou. Como foi que percebeu?
- Seu francês é bom, mas, pelo sotaque, logo descobri que era inglesa. Está estudando aqui?
- Isso mesmo. E você? Vem a Paris muitas vezes?
- Muitas. Dessa vez, vou ficar até sexta-feira.
- É mesmo? E de onde é? Também notei seu sotaque diferente, mas não consegui localizar de onde.
- Sou i
...
aliano.
- Então me enganei completamente. Pensei que fosse alemão, austríaco, ou até suíço, mas nunca italiano.
- Mas não errou não! Sou do norte da Itália, de uma região que pertencia à Áustria. A maioria lá ainda fala o alemão na vida diária. Então, parece que ele se deu
conta de que não tinha se apresentado. Tirou um cartão do bolso e o entregou a Laura. - Sou Karl Rievenbeck.
Ela pegou o cartão mas não o olhou. O nome estava bem de acordo com ele. Simples, mas cheio de força. Será que ele tinha percebido que causou uma boa impressão?
Reconhecia que o homem não fazia seu tipo, mas era obrigada a admitir que o achava atraente e sensual, simpático e misterioso.
O café chegou e dali em diante a conversa fluiu fácil.
- Você estava me dizendo que gostaria de fazer ilustrações, principalmente para livros de criança. - Karl se serviu de mais café.
- Exatamente. Já fiz vários desenhos e estou juntando os melhores para apresentar a uma editora. Participei de exposições e cheguei a vender algumas pinturas.
- Tenho inveja de você. Deve ser maravilhoso a gente poder dar vazão à criatividade.
- Estou feliz com o que faço e não gostaria de me dedicar a nada mais. - Muito à vontade, ela começou a contar sobre sua cópia do famoso quadro A Forja, e suas experiências
na mistura das tintas.
- Quanto tempo ainda vai levar para terminá-lo?
- Não sei. É a primeira vez que tento fazer esse tipo de trabalho.
- Então estará aqui amanhã de novo?
- Sem dúvida. E provavelmente na semana que vem, no outro mês.
- Ela sorriu, encantada por perceber que aquele homem tão sofisticado estava procurando saber sobre suas atividades para conseguir vê-la outra vez.
- Então almoça comigo amanhã?
Hesitou por um instante, dividida entre a vontade de encontrá-lo novamente e o perigo a que se expunha, por estar se deixando envolver por ele.
- Não se preocupe, Laura, não vou tomar toda sua tarde. Estou pedindo apenas uma hora ...
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Comentários:
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Andréia: Completamente sem noção .
esther: Que doentio toda essa gente desse romance ,não tem ninguém são, todos doente,uma psicanálise cairia bem..
esther: Ela e muito masoquista,fica planejando festinha com a ex amante do marido,se fosse comigo eu mandava essa vadia pro inferno é se ele não gostasse fosse junto com ela e fizessem bom proveito.pra começo da conversa eu achei ele um mal caracter, ter sido amante de uma mulher por anos quando ela enviuva em vez de pedi-la em casamento, ele pede outra que tem quase a metade da idade dela,tem razão da "amante" fazer planos mirabolantes para tira-la do caminho,ele praticamente cuspiu a amante fora e pegou uma mocinha pra reproduzir,so que no final do romance todo mundo ama é se torna Santo.Santo Karl..
Mary Santos : Muito lindo amei fascinante .
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