Livro: Harém
Autor - Fonte: DIANE CAREY
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Resumo
Jessica Grey viu o belo Tarik atravessar o chão enluarado do harém. Ele é seu captor. o líder rebelde que a tirou de um mundo tranqüilo e a levou ao harém, onde as mulheres aprendiam a arte de fazer amor.
Com o tempo ela percebeu que Tarik tinha guardado o seu coração somente para ela. Mas se fossem encontrados juntos a morte seria o destino dele.
Era hora de Jessica aprender os segredos mais profundos da paixão, para descobrir se o amor pode ser escravo do desejo.
Tradução:
Jossi Slavic
Revisão:
Silvia Helena
Formatação:
Catia Alencar
Capítulo 1
Era um dia americano. Havia uma bruma inglesa, e flores silvestres inglesas em uma paisagem inglesa; mas o dia era absolutamente americano. Os cavalos que estavam nas quadras percebiam a sutil diferencia. Também as pombas. Inclusive as pedras lançadas contra o vidro da janela da Mansão Greyhurst soavam esse dia com um repico especial. Enquanto o sol começava a iluminar as suaves e verdes colinas da Inglaterra, as pedras continuavam a bater contra o vidro, uma atrás da outra, até que se agitaram os babados das cortinas e deixaram ver um rosto.
Uma jovem, sacudindo o cabelo loiro, abriu a janela de par em par. Iluminava-lhe o rosto um sorriso que não tinha perdido a alegria da adolescência. Seus olhos conservavam também um olhar de divertimento enquanto olhava ao jovem magro que, com roupa de montar, permanecia em pé sob a janela.
-Não gostaria Madame cavalgar um momento antes do café da manhã? - perguntou com igual comedimento como se acabasse de encontrar com ela na porta de entrada.
-Charles Wyndon - acusou a jovem, dando ao nome a inflexão de um epíteto - o que está fazendo aqui tão cedo? Acreditava que os diplomatas ficavam na cama até a hora do chá.
O sorriso de Charles se fez ainda mais amplo ao ouvir a voz dela, sua argumentação americana, clara e sem sotaque, tão diferente de seu próprio inglês
...
esitante, peculiar das altas camadas sociais da Inglaterra. O Charles lhe agradava as diferenças melódicas entre suas duas vozes. Gostava de conversar com ela só para poder ouvi-la. Sua tez tinha a tonalidade rosada de um rosto inglês, seus olhos tinham o mesmo azul que se entrevia através das árvores; mas o som de sua voz era por completo americano tão agreste e independente como a própria a América. Não havia muitas coisas pelas quais sentisse um especial carinho, mas Jessica Grei representava a parte mais preciosa de sua vida. Viu-se obrigado a sair de seu ensimasmento para poder responder. Jessica se assemelhava a Julieta na janela, com sua camisola de punhos de encaixe e o cabelo alvoroçado.
-Somente os diplomatas mais velhos - respondeu-lhe-. Os jovens que tem belas noivas estão em pé antes de apontar a alvorada.
Jessica apoiou o queixo sobre a mão.
-Irei contigo se puder montar o alazão.
Ele riu.
- Desafio você a uma corrida até as quadras. Se chegar antes poderá ficar com o alazão.
-Vamos!
Desapareceu da janela e Charles soube que tinha jogado bem suas cartas. Jessica era incapaz de resistir a um desafio, mas., até onde chegaria com tal vontade de ganhar? Depois de um segundo de reflexão lhe gritou:
-Mais vale que te vista antes!
A erva era de um verde brilhante e cintilava com o orvalho; Os jovens celebravam sua juventude com cada pernada enquanto corriam despreocupados pelos arredores, rindo até ficar sem fôlego. Em realidade, Charles tinha que correr firme para manter-se à altura dela. A figura de Jessica, com seu impecável traje de montar verde, brilhava como uma esmeralda esculpida. Charles lhe jogou um rápido olhar e viu como o cabelo lhe transbordava sobre os ombros ao cair às presilhas. Isso o obrigou a se despertar ao ter ficado um pouco atrasado. Lançou-se de novo para alcançá-la. Jessica voltou o olhar ao ver Charles detrás dela. Quando ao fim se dispôs a passá-la, agarrou-o pela borda d ...
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