Livro: Algemas partidas Página 2
Autor - Fonte: Jessica Steele
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do de ser contaminada ou de levar um banho de chá?
— O médico disse que ela vai melhorar assim que puder tomar um pouco de sol. — Seu pai interveio, os olhos volta¬dos para a janela, de onde se via uma chuva forte caindo. — Mas o tempo não está ajudando. Estamos em maio e. nem sinal de verão!
Elma Bates o olhara com admiração, como se o que Ber-nard havia dito fosse algo brilhante. Cally servira o lanche e sentara no sofá tentando participar da conversa. Mas seus pensamentos estavam com Rolfe, na carta que enviara e no sol maravilhoso que deveria estar tomando. Ele estava no México e a convidava para seu casamento.
"Dinheiro não é o problema", ele escrevera. "Arrume suas malas e venha para cá. Graciela e eu vamos morar numa casa enorme e você poderá ficar conosco o tempo que quiser."
Cally sorrira. A idéia de assistir ao casamento do irmão era maravilhosa. mas sabia que não deveria ir. Teria que se hospedar na casa de Rolfe e Graciela, e seria constran¬gedor se intrometer na vida dos recém-casados. E ainda ha¬via o problema da passagem aérea. Rolfe disse que pagaria a viagem de volta, caso ela ainda quisesse retornar. Tudo o que Cally tinha a fazer era somente arranjar o dinheiro da ida. Não, não, era tudo complicado demais.
— Podemos saber do que está rindo? — havia perguntado seu pai, trazendo-a de volta à realidade,
— Eu. eu sinto muito, papai. É que estou pensando na carta de Rolfe.
— Ah, seu irmão está de casamento marcado, não é? — interrompeu Elma Bates. Depois, virando-se para Bernard, continuou: — É inacreditável que você já tenha um filho em idade de se casar!
Cally sentira náuseas. Rolfe tinha vinte e oito anos! E seu pai, mais de sessenta. O comentário da sra. Bates havia sido realmente infeliz e inoportuno.
Assim que pôde, Cally pediu licença e escapou para a cozinha. Seu pai parecia fascinado com a viúva, e, como a conversa não parecia acabar, ela começou a desconfiar que Elma Bates s
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ria convidada para o jantar.
Nas semanas seguintes, a sra. Bates tornou-se uma fre-quentadora assídua da casa dos Shearman. Bernard adora¬va as visitas e parecia mais tranquilo e menos irritado a cada dia que passava.
Cally também sentia que havia mudado. Recuperada da gripe, via as forças voltarem a seu corpo. Pensava constan-temente em Rolfe, cuja determinação e coragem sempre ha¬via admirado. Queria ser igual ao irmão, mas sentia que era algo impossível.
Era covarde demais para levar sua vida longe de casa. Sem dúvida, seu pai soubera como torná-la submissa. Só que, agora, começava a cansar daquela rotina insossa, e uma pontinha de revolta ia aos poucos ganhando corpo dentro dela.
Cally ficara contente com as visitas frequentes da viúva. Seu pai estava ficando mais maleável e menos implicante, e ela torcia para que ambos estivessem se amando. Só que era um pouco difícil imaginar o velho Bernard Shearman tendo um relacionamento mais profundo com quem quer que fosse. Ele não tinha capacidade para amar ninguém, a não ser a si próprio. Talvez a viúva Bates representasse mais uma comodidade do que realmente uma paixão.
Faltavam duas semanas para o casamento de Rolfe, e Cally estava na cozinha, ocupada com o jantar. Seu pai es¬tava visitando a sra. Bates e não tardaria a chegar. Cally afastara-se do fogão e sentara-se numa cadeira. Estava can¬sada. Aquele dia havia sido exatamente igual aos outros, como também seria igual ao dia seguinte. E a todos os outros dias de sua vida. Não, tinha que arranjar forças para mudar o rumo das coisas, como fizera seu irmão.
Naquele momento, um barulho na fechadura indicara que seu pai estava chegando. E, ao contrário do que sempre acon-tecia, sua revolta não desapareceu. Era chegada a hora. Não poderia mais desperdiçar sua juventude atrás de um fogão. Teria que tomar uma atitude!
Bernard Shearman entrou na cozinha, coisa que raramen¬te fazia. Afinal, o que lhe interessava era a comida pron ...
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Comentários:
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Patrícia : Eu gostei muito desse romance, apesar de Javier ser muito possessivo e até grosso. Gente como eu detesto qd o mocinho usa de grosseria p ter a mulher amada do seu lado e fica entre ser gentil e cavalo a todo tempo. Cally foi uma tonta de deixar o cara dominá-la desse jeito, porém sem isso não teria história. Muitos romances tem essa da mocinha pagar pelos erros de algum parente. Mesmo assim eu gostei bastante dessa história. .
Meiireh 05/2022: Lindo demais!!!!!!.
Mara01/03/2021: Muito lindo e apaixonante amei.
Bruna : Perfeito 16/01/2018.
LUCIA MATOS: LINDO..
Arianna: Bom.
Esther: E um romance e lindo,mais um pouco cansativo com esse lega lega deles..
Adriana: Uma delícia de história...23042016. Ele é mandão, possessivo, muitas vezes arrogante, mas não deixa de ser apaixonante.
Mary : Linda história de amor fascinante .
Diana : Emocionante muito bom
.
Thay: Bom!.
carine: adoreii, muito bom mesmo...recomendo.
Cláudia: Muito bom..
Eva: Muito bom!!.
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