Livro: O pecado de Anne Página 3
Autor - Fonte: Lin Stone
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nganado. De fato, era muito estranho terem se encontrado justamente no momento em que buscava um novo lar, uma mulher e uma mãe para seu filho. Se a sobrinha de Hume tivesse alguma semelhança com lady Hume… Bem não custava nada ouvir o que o velho demónio tinha a dizer.
— Ela está livre? E os pais?
— Eles morreram já faz alguns anos, milorde. O filho herdou os bens de Baincroft, e Anne ficou com as terras. Os dois juntos rendem bem. Além disso, a guerra nunca chegou àquelas fronteiras e os lucros gerados pelas duas propriedades são excelentes. Acredite, essas terras são mais bem
localizadas do que essa que quer comprar de minha Honor e Alan de Strode.
Não parecia má ideia. Edouard não se interessara por nenhuma outra mulher desde que lady Honor lhe recusara a mão. Fazia tempo que a idéia de casar-se não o empolgava.
Na corte francesa, as mulheres eram falsas, pro¬míscuas e gananciosas como sua própria mãe. Portanto, a sugestão de Hume não era assim tão má.
— Ela só tem um filho de dez anos? Deve ter passado da idade de procriar, — Edouard balançou a cabeça. Não se casaria com uma velha.
Hume cofiou a barba.
— Anne deve ter uns vinte e sete anos. Deve ser isso mesmo, porque ela se casou com dezesseis. — Os olhos dele brilharam. — Acho que o marido é que não conseguiu engravidá-la mais, por isso não tiveram mais filhos. Só pode ser, afinal ele já estava perto dos sessenta.
— E… pode ser — concordou Edouard, aparentando desinteresse, embora a suposição de Hume fizesse sentido. A moça já dera à luz e talvez não tivesse dificuldade em engravidar com um marido mais jovem e vigoroso.
A ideia de ter mais filhos empolgava Edouard. E a ideia de ter uma propriedade fora da França o empolgava ainda mais. Se a moça o agradasse, o assunto estaria resolvido. O barão tinha uma certa razão em dizer que Henri precisava de uma mãe. Viver só com o pai, em meio à licenciosidade da corte, não era nada bom par
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uma criança.
Uma boa mulher saberia suavizar as arestas e ensiná-lo a comportar-se socialmente.
Quanto mais pensava nisso, mais entusiasmado Edouard ficava. Pessoalmente, não gostava de Hume, mas era obrigado a reconhecer que o ho-mem tinha uma filha encantadora. Talvez fosse um dom da família, e a irmã dele também tivesse gerado alguma maravilha da natureza.
— Diga-me como ela é — pediu. — Quero saber tudo, qualidades e defeitos.
Hume riu.
— Anne não tem defeitos, milorde. Ela é muito parecida com a minha Honor. Tem a pele macia como uma pétala de rosa. Seus cabelos negros caem sobre os ombros como uma cascata brilhan¬te. Os olhos são profundos e misteriosos como os lagos das montanhas.
Edouard, que desconhecia a veia poética de Hume, deixou-o falar.
— No dia de seu casamento, lembro-me de seus cabelos descendo como uma cortina negra até a cintura. Tem olhos lindos, expressivos. Minha so¬brinha e minha filha se parecem com a avó, minha mãe, sempre muito bonita, mesmo com idade avançada. Quanto ao temperamento, Anne é mais dócil que a minha Honor. Cumpriu o seu dever no primeiro casamento e voltará a cumpri-lo.
Edouard perguntou-se que capacidade de per¬suasão seria necessária para obrigar uma menina de dezesseis anos a casar-se com alguém com o triplo de sua idade. E Hume parecia seguro de que sua sobrinha aceitaria a proposta. Em todo
caso, Edouard decidiu mandar sir Armand com uma carta para o seu administrador em Paris, pedindo-lhe que reunisse e enviasse para a Escó¬cia todos os móveis e objetos de suas propriedades na França.
As moedas e jóias Edouard já trazia consigo, para evitar que seu primo real as confiscasse. A renda de seus negócios no litoral também poderia facilmente ser enviada à Escócia.
Ainda que o encontro com a sobrinha de Hume não desse em nada, mesmo assim Edouard pen¬sava em construir ou comprar um lugar confor¬tável para viver, próximo a Edimburgo.
Quanto mais pensava, mais lhe ...
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Comentários:
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Aidil Ribeiro de Oliveira : Maravilhoso..
Wery: Gostei..
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