Livro: Secretas razões para amar
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... The sweet rush of April Linda Shaw Momentos Íntimos nº 13 Estão perdidos e sabem disso. O amor é a única salvação. Ofegante de excitação, o general Ali Jassim ergue o queixo de April. "Você está disposta a pagar qualquer preço pela vida de Gaines, seu marido?" Ela imagina a si mesma na cama daquele árabe, o corpo dele sobre o seu. "Sim", responde, indignada. April geme, ansiosa por sentir aquelas mãos esmagando seus seios, aquela boca beijando seus lábios. Toda ela é uma imensa chama de desejo: "Oh, Gaines, por favor, agora!". April e o marido se amam com loucura. Quem sabe pela última vez. THE SWEET RUSH OF APRIL © 1984 by Linda Shaw Originalmente publicado pela Silhouette Books, Divisão da Harlequin Enterprises Limited SECRETAS RAZÕES PARA AMAR © 1985 para a língua portuguesa ABRIL S.A. CULTURAL Todos os direitos reservados, inclusive o direito de reprodução total ou parcial, sob qualquer forma. Esta edição é publicada através de contrato com a Harlequin Enterprises Limited, Toronto, Canadá. Silhouette, Silhouette Intimate Moments e o colofão são marcas registradas da Harlequin Enterprises B.V. Tradução: Helô Campos LIVROS ABRIL — CAIXA POSTAL 2372 — SÃO PAULO Esta obra foi composta na Linoart Ltda. e impressa na Editora Parma Ltda. CAPÍTULO I O bombardeio da embaixada americana em al-Qunay, capital de Orban, foi só o começo do problema. Naquele momento, toda a ala leste jazia em ruínas. A população vinha trabalhando desde o nascer do sol, desobstruindo os escombros e carregando as tábuas calcinadas até o gramado. O entulho era despejado num caminhão e cada movimento levantava nuvens de poeira. Os impassíveis árabes não viraram para olhar quando dois Land-Rovers pararam do outro lado da rua; ignoraram os soldados de barba que desceram dos jipes, e pareceram indiferentes aos rifles que eles carregavam. Parada na porta principal da Embaixada, April Southerland não ...

perdia nada, ao contrário dos árabes. Há apenas três anos, era a risonha esposa de Gaines Southerland, destinada a um feliz ainda que comum futuro de dona-de-casa e mãe. Quem diria que hoje estaria no Oriente Médio, em meio a uma revolução? Bem, o estranho comportamento de Gaines a obrigara a um divórcio que, na verdade, nada tinha a ver com sua situação atual, exceto por ser a causa dela. No dia anterior, os terroristas tinham explodido a linha férrea que ligava al-Qunay ao mar Mediterrâneo, e cortado as comunicações telefônicas com o exterior. Não contentes com isso, haviam aprisionado o presidente Nahrhim. Naquela manhã, ninguém ousara ir aos escritórios ou fábricas. Os arranha-céus de aço e vidro estavam vazios, e o velho mercado não abrira suas portas. Só os hospitais funcionavam. Portanto, a sra. April Southerland, uma tradutora de 27 anos de idade, viera de Washington para presenciar uma catástrofe. Oh, Deus, o que ela sabia a respeito de negociar com terroristas? April virou para o ajudante nativo que, parado a seu lado, olhava consternado para a destruição de sua cidade natal. — As metralhadoras já não deviam ter parado? — ela perguntou. — Só vão parar depois de muita luta, senhora — replicou Bashir Id-Nasaq em seu inglês cheio de sotaque. Tinha só vinte anos, mas já presenciara tudo aquilo antes. — E de muitas mortes. April estremeceu. Americans, go home! Um frágil alambrado era tudo o que separava a embaixada do caos que grassava lá fora, delimitando o território protegido por imunidade diplomática — pelo menos na teoria. Abaixo o imperialismo ocidental! Fora com o capitalismo! Go home! Go home! Os gritos dos estudantes que se acotovelavam no lado de fora do alambrado faziam April suar de nervosismo. Os jovens erguiam os punhos cerrados e berravam slogans numa mistura de árabe, francês, turco e inglês, língua que ela falava fluentemente, na condição de adida especial do embaixador norte ...

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