Livro: O sonho de um coração
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... Her Dream Come True Donna Clayton Se sonhar bastasse. Seus sonhos eram simples quando ela partiu para Littie Haven. Pretendia encontrar-se com a irmã, após vinte e cinco anos e, então, retornar a Nova York e à carreira promissora. Mas quando Hannah Cavanaugh pisou na cidadezinha natal, descobriu que precisava de mais. E desde o instante em qua pousou os olhos em Adam Roth soube que era dele que precisava! Algo em Adam fazia Hannah acalentar o desejo de um lar feliz, com crianças e muito amor. A jovem independente e auto-suficiente da cidade tinha medo de entregar o coração. Mas Adam convenceu-a a se perder em seus braços e mergulhar em um mundo novo de fortes emoções. Digitalização: Joyce Revisão: Bruna Cardoso PRÓLOGO — Eu terei de ir para Little Haven sozinha? Hannah Cavanaugh encarou a mãe, que estava sentada atrás de uma escrivaninha de madeira maciça, parecendo ocupada demais com outras tarefas para dar ao assunto a atenção que merecia. Mas Hannah já estava habituada ao tratamento indiferente. — Bem, eu não poderei ir — Hillary Cavanaugh falou, nem se importando em erguer o olhar. Analisava uma listagem onde constavam os nomes das pessoas mais influentes de Nova York. — Sabe como sou ocupada. Se eu perder uma estréia, uma entrevista de televisão ou até mesmo um tolo ensaio fotográfico, meus clientes considerarão a ausência um pecado mortal para uma agente de publicidade. Preciso estar sempre presente. Sabe disto. Qualquer outra pessoa que visse Hillary reclamando daquele jeito se sentiria tocada diante de tamanho sofrimento. Entretanto, Hannah não se deixava enganar pelo pesar tão bem ensaiado. — Simplesmente não há épocas amenas neste negócio. Quantas vezes ouvira aquela sentença? Com que frequência a desculpa foi usada ao longo de anos para que sua mãe perdesse todos os eventos importantes da vida de Hannah? "Pare com isto!", aconselhou-se. "Sua mãe luta muito. Importa-se c ...

m as pessoas para as quais trabalha. Preocupa-se com você. E tem feito o melhor possível para ajudá-la". Então outro pensamento sussurrado surgiu. "E ela a quis, ao contrário de seu pai". Após uma longa pausa, durante a qual Hannah conseguiu disfarçar um suspiro, falou: — Mas, mamãe, seu marido morreu. Não acha que deveria ir prestar suas condolências? — Meu ex-marido — Hillary com firmeza a fez lembrar-se. — E não vemos aquele homem há vinte e cinco anos. Além disto, faz quase um mês desde seu falecimento. Tenho certeza de que o funeral foi encerrado faz tempo. A menos, claro, que aquelas pessoas antiquadas de uma cidade tão pequenina tenham uma espécie de ritual de pesar que dure semanas. O que não me surpreenderia em nada. O tom de descaso incomodava Hannah. Hillary costumava olhar para os outros de nariz empinado, julgando-os com menos valor do que ela. — Mas, mamãe, não seria melhor se. O silêncio materno e o olhar estreitado pareciam atravessar a opinião de Hannah como um feixe de raio laser vermelho. — Não deixarei a cidade. Tenho clientes que precisam de minha atenção. O sorriso súbito e frio de Hillary não atingia o olhar. — Você não vai demorar muito para ordenar as coisas de seu pai. Antes que perceba, estará de volta ao hospital lutando com unhas e dentes por aquela promoção à enfermeira-chefe que tanto almeja conseguir. Hannah retorceu os lábios. Tinha de dar crédito à mãe. Normalmente, quando o assunto de sua carreira surgia, o desprezo na voz de Hillary era muito mais pronunciado. Mas não naquele dia. Talvez por a mãe estar lhe pedindo um favor. Hannah chegou à conclusão de que a viagem para o sul faria inevitavelmente parte de seu futuro imediato. — Bem, terei de cuidar de tudo rapidamente. Aquela promoção é importante para mim. Não poderei me ausentar por mais de uma semana. Duas no máximo. Certamente não demorará tanto para vender os objetos da casa — falou Hillary. — ...

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