Livro: Sonho Encontrado
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... Neide Ortolani Miguel apaixonou-se por Lara à primeira vista, mas preferiu esperar para ter certeza de que seria correspondido — ele não admitiria ser rejeitado. Lara, por sua vez, não percebeu que aquele homem seria a chance de reconstruir sua vida e dar a Jéssica, sua filhinha, um pai de verdade, amoroso e protetor — ela até mesmo não gostou de seu jeito machista. Porém, Miguel lutou pelo amor de Lara e conseguiu envolvê-la até conquistá-la. Assim, Lara pode conhecer de verdade o homem bom que se escondia sob um manto de prepotência e vaidade e os três — Miguel, Lara e Jéssica — fizeram um pacto de amor eterno. Digitalização: Rosana Gomes Revisão: Projeto Revisoras Querida Leitora Todos sabemos o quanto o amor pode ser forte e vencer barreiras, mas será tão forte a ponto de se perdoar todas as falhas, por mais graves que tenham sido? Só os apaixonados éque podem responder a essa pergunta. E você, o que acha? Você seria capaz de perdoar a tudo em nome do amor? Boa Ieitura! Editora Escala Ltda. Rua Zanzibar, 711 Casa Verde CEP 02512 010-São Paulo/SP Telefone: (011) 266-3166 – Fax: (011) 857-9643 Internet: www.escala.com.br e-mail: escala@escala.com.br Endereço para correspondencia. Caixa Postal 16.361 / São Paulo — SP CEP02599-970 Capítulo 1 Quando Lara viu aquele homem se aproximar e chamar pela recepcionista do hospital algo dentro de si a inquietou. Pressentiu que alguma coisa iria acontecer. A mulher que falava ao telefone lhe dispensou um olhar gesticulando para sentar e esperar. Ele parecia impaciente e nervoso com a demora da moça em atendê-lo, andava de um lado para o outro. Vestia calça jeans, camisa da mesma cor com sapatos e cinto preto. Seu porte era atlético, devia medir no mínimo um metro e oitenta, cabelos negros. Gostaria de ver seus olhos. De que cor seriam? A recepcionista finalmente colocou o fone no gancho e se voltou para ele. Por estar um pouc ...

afastada dos dois não conseguiu escutar o que conversavam. Contudo Lara não conseguia desgrudar os olhos daquele homem, parecia hipnotizada. Se ele percebesse seria constrangedor. Nem bem sua mente processou essa informação o homem virou-se fitando-a. Se sentira desejo de descobrir a cor daqueles olhos, se arrependera. Seu olhar era duro, penetrante, gelado, sentiu que dourava ante aquele olhar, não queria fitar aqueles olhos negros. Voltou sua atenção para a dor que estava sentindo. Era como se alguém estivesse enfiando agulhas e o lenço que pressionava o corte em sua testa estava encharcado de sangue, o que fazia seu estômago dar voltas. Sentia-se cansada, fechou os olhos e por um momento conjecturou deitar-se naquele sofá que lhe parecia tão confortável, mas não o fez. Numa fração de segundos veio a memória do acidente que acabara de ocorrer. Suspirou em pensar no prazer que seria estar em casa, abriu os olhos e quase gritou de susto. O estranho homem estava parado à sua frente com aquele olhar sagaz. Sua expressão denotava acusação, parecia um furacão pronto para entrar em erupção. Lara sentiu seu sangue congelar, aquele friozinho em seu estômago veio para atormentar, como sempre acontecia em situações de perigo. — Você é a irresponsável que atropelou meu sobrinho? — O que? — aquela pergunta a pegou de surpresa. — Não banque a tola fingindo não saber do que estou falando — falava com fúria — Assim, quando verificar as condições físicas do menino. — O senhor é louco? Como. — nem bem começou a falar e foi interrompida bruscamente. — Louco! Louca é a senhora que embriagada sai dirigindo em alta velocidade em uma área onde crianças toma-se vulneráveis a idiotas do seu tipo. Fervendo de raiva Lara levantou-se rapidamente e rebateu com toda fúria. — Idiota é você, seu estúpido, ignorante. quem pensa que é? Surge do nada, aponta o dedo em riste, me ofende e acusa sem ao menos inteirar-se do ...

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