Livro: Nos Braços do Poder
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... “Em primeiro lugar está minha carreira, Paula. Depois é que vem o amor” O mundo da política reservava uma surpresa para Paula. Além das festas grandiosas, do contato com as mais importantes personalidades do país, Washington também era palco de fofocas envolvendo os membros do congresso. E foi por causa de um boato que Paula acabou casando, sem amor, com o mais jovem senador da república. Era um casamento por conveniência, apenas para manter as aparências. Até que um dia Mathew declarou: ”Paula, quero ter um filho seu!” Digitalização: Cris Andrade Revisão: Simoninha Copyright: Rosemary Hammond Título original: "The habit of loving" Publicado originalmente em 1985 pela Mills & Boon Ltd., Londres, Inglaterra Tradução: Carolina de Hollanda Copyright para a língua portuguesa: 1986 Editora Nova Cultural Ltda. — São Paulo — Caixa Postal 2372 Esta obra foi composta na Artestilo Compositora Gráfica e impressa na Divisão Gráfica da Editora Abril S.A. Foto da capa: Keystone CAPÍTULO 1 Paula aguardava na fila de convidados a vez de cumprimentar o jovem senador recém-eleito pelo Estado de Maryland e amigo pessoal de seu cunhado. Cansada e com vontade de ir embora, não entendia como sua irmã conseguira convencê-la a ir àquela festa formal e aborrecida. A fila arrastava-se vagarosamente e as pessoas estavam ansiosas para cumprir sua obrigação social. Na cerimônia anterior Paula ouvira inúmeros e longos discursos e, como de costume, prestara pouca atenção. Não saberia dizer quem havia falado ou o que tinham dito. Embora pertencesse a uma família de políticos, nunca se adaptara ao meio, mas adquirira a habilidade de desligar-se dos discursos. Seus pensamentos estavam longe dali, quando ela sentiu David abraçar-lhe a cintura e puxá-la para si. Imediatamente ficou tensa e recuou, lançando um olhar nada amável para o rapaz. Rápido, David soltou-a. Pelo amor de Deus, Paula. Não pr ...

cisa fazer essa cara! - exclamou, magoado. — Relaxe. — Só se você parar com essa mania. Por favor, David. Mostrando-se impaciente, ele revirou os olhos azuis. Na verdade, procurava controlar a raiva provocada pela rejeição. "Estou pouco ligando!", pensou Paula, dando de ombros. Quando, algum tempo atrás, aceitara sair com David, deixara claro que seriam apenas amigos, e embora ele tivesse concordando, de vez em quando se fazia de esquecido. Passada a irritação, o rapaz sacudiu a cabeça e sorriu. Seu temperamento gentil não o deixava ressentido por muito tempo. Não sei por que agüento você, Paula — disse resignado. Ela sorriu e respondeu num tom caloroso: — Se você não sabe, eu sei: foi porque Margareth pediu. Você respeita muito minha irmã, não é? Vamos, confesse! David soltou uma gargalhada gostosa. De fato, Margareth, a irmã de Paula, desfrutava de enorme prestígio no meio social de Washington, não só por ser esposa de um dos mais impor¬tantes assessores do Presidente, como também por sua perso¬nalidade forte e dinâmica. Para David, um pedido daquela mulher era uma ordem. — Tem razão, Paula. Sua irmã é capaz de convencer qual¬quer um. Mas não é nenhum sacrifício acompanhar você. Ao contrário, é uma das coisas mais agradáveis do mundo. Os dois já estavam próximos do início da fila dos cumprimentos e podiam ver a flamejante cabeleira vermelha de Mar¬gareth e ouvi-la agradecendo aos convidados. Paula suspirou, com esperança de ir logo para casa. Há seis meses a irmã se esforçava por tirá-la da depressão. E quando Margareth se empenhava em alguma coisa, ninguém conseguia resistir. Ela era dez anos mais velha que Paula e uma espécie de segunda mãe. Muito diferentes entre si, Margareth era falante e sociável, já Paula, introvertida e tímida. E após a morte de Richard, seu marido. Paula tornara-se ainda mais arredia ao convívio social. — Que bom ver vocês juntos, Paula — Margareth cumpri� ...

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