Livro: No limiar do pecado
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... Sara Orwig ELA NÃO CONSEGUIA LEMBRAR. ELE NÃO PODIA ESQUECER. Seu passado ora um mistério. Ela não sabia o próprio nome, nem por que dirigia naquela estrada de montanha, em meio à nevasca, nem como o acidente acontecera. Só lembrava que estava à procura de Ben Falcon. Mas ele a encontrou primeiro. Para Ben, só um motivo faria aquela mulher maravilhosa invadir sua propriedade tão isolada. Mas, até a desconhecida recuperar a memória ele poderia fingir que ela era alguém confiável — e que ele era alguém que ela podia amar! Digitalização e Revisão: Crysty Copyright © 1995 by Sara Orwig Originalmente publicado em 1995 pela Silhouette Books Divisão da Harlequin Enterprises Limited. Todos os direitos reservados, inclusive o direito de reprodução total ou parcial, sob qualquer forma. Esta edição é publicada através de contrato com a Harlequin Enterprises Limited, Toronto, Canadá. Silhouette, Silhouette Desire e o colofão são marcas registradas da Harlequin Enterprises B.V. Todos os personagens desta obra são fictícios. Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas terá sido mera coincidência. Título original: Falcon\'s Lair Tradução: Cristina Laguna Sangiuliano EDITORA NOVA CULTURAL uma divisão do Círculo do Livro Ltda. Alameda Ministro Rocha Azevedo, 346 - 2- andar CEP 01410-901 - São Paulo – Brasil Copyright para a língua portuguesa: 1995 CÍRCULO DO LIVRO LTDA. Fotocomposição: Círculo do Livro Impressão e acabamento: Gráfica Círculo. CAPÍTULO UM — Para onde vão os leões da monta¬nha, quando neva? Ben Falcon olhou para o garoto de cinco anos sentado no banco do passageiro. Os limpadores de pára-brisa do jipe insistiam em seu ritmo monótono, enquanto a neve caía do céu cinzento. — Não sei, Renzi. Acho que têm cavernas, onde podem esconder-se. Mas os leões possuem muitos pêlos, que não os deixam sentir frio. — Quero ver um leão da montanha. Nu ...

ca vi um. — Temos muitos, por aqui. Logo verá um deles. — Não, se eu tiver de voltar para a cidade. Ben baixou os olhos novamente. O menino raramente mencionava a mãe, ou a idéia de voltar a viver com ela. Sentiu uma pontada de tristeza e apertou com de¬licadeza o ombro de Renzi. Quando o menino ergueu para ele os olhos cheios de confiança e amor, Ben quase não suportou a dor. Como podia uma mãe não querer um filho como aquele? Ao sair da curva na estrada, Ben avistou os edifícios baixos espalhados no vale, com os telhados cobertos de neve e fumaça saindo das chaminés. Era o sítio Bar-B para garotos que precisavam de residência temporária, longe de suas casas. Desde a primeira vez em que vira Lorenzo Lopez, Ben sentira profunda afeição pelo menino e, agora, levava-o com freqüência ao seu sítio, para passar dias lá. Quando Ben estacionou o jipe, o diretor saiu para cum¬primentá-los. Loiro, alto, alegre e cheio de energia, Derek Hansen acenou. Ben retribuiu o cumprimento e olhou para Renzi, que se preparava para sair do carro. — Obrigado por ter me deixado ficar com você, Ben — o menino agradeceu, abraçando-o. Ben abraçou-o com força. — Vamos repetir o programa em breve, Renzi. Vejo você no domingo. — Obrigado — Renzi repetiu, saiu do jipe e correu para dentro. Ben abaixou o vidro. — Ele parece ter se divertido — dirigiu-se a Derek. — Tenho certeza que sim — replicou o diretor.— Obrigado pela atenção que tem dado a ele. — Gostaria de poder fazer mais por eles. Já estamos na primeira semana de abril e, pelo que ouvi, ainda te¬remos outra nevasca. — Acho que mamãe Natureza não foi informada de que já deveríamos estar na primavera. Vá com cuidado. Derek afastou-se e Ben manobrou o jipe. Ao passar por dois garotos andando a cavalo, acenou e recebeu ace¬nos animados em resposta. O mundo parecia ter se trans¬formado um imenso paraíso branco, com a neve vergando os galhos das árvores à bei ...

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