Livro: Um bebê inesperado Página 2

... que. o que temos chega a me assustar. — E aquilo, ao menos, era verdade. Não fora algo que a assustara antes. Aceitara a dádiva do amor que sentiam um pelo outro com todo o entu¬siasmo. Mas agora temia que o amor dele não fosse forte o bastante para lidar com o que teria que lhe contar. O incrível e precioso amor de ambos acontecera tão depressa, tão naturalmente. Ela ficara feliz demais com aquele sentimento para imaginar que poderia lhe ser tirado com a mesma rapidez. Engoliu em seco, vencendo o nó que as lágrimas con¬tidas formavam em sua garganta e, embora a voz lhe soasse um tanto embargada, tentou dissipar a súbita preocupação que podia ver nos olhos dele. — Simplesmente ainda não consigo acreditar que você possa ter-se apaixonado por uma divorciada de trinta anos, quando poderia ter tido a mulher que quisesse! — Tentou sorrir e, como não conseguisse, apenas fechou os olhos. Seu coração voltou a disparar enquanto sentia Jed beijando as lágrimas persistentes no canto de seus olhos. — A mulher que eu queria era você. Apenas você — assegurou-lhe ele, sua voz rouca e terna. — Eu a quis desde o primeiro momento em que a vi. As circunstâncias não poderiam ter sido mais desoladoras, mas eu já me sentia como se a conhecesse, pelo que Sam havia me contado a seu respeito. Bastou um olhar para você, e eu soube que queria estar a seu lado pelo resto da vida. Aquilo acontecera havia apenas seis semanas, quando ela viajara de sua casa na Espanha até a Inglaterra para o funeral de Sam. E, apesar da profunda tristeza da ocasião, com o vento desolador de abril soprando sobre o pequeno cemitério de Hertfordshire, ela pousara o olhar no irmão mais velho de Sam e soubera que encontrara a única pessoa capaz de fazê-la romper sua promessa de nunca mais se envolver emocionalmente com algum outro homem. Bastara um olhar e sua vida mudara; ela mudara. Jed deitou-se a seu lado e pousou-lhe a cabeça em seu ombro, abraçando-a como se ...

osse a coisa mais preciosa do mundo. — Eu não queria uma das harpias dissimuladas que lotam o cenário social com entediante frequência. vazias e superficiais, o tipo de mulher cujo principal interesse num homem é o tamanho de seu saldo bancário. Eu que¬ria alguém como você. Talentosa, bem-sucedida, uma mu¬lher que se fez com esforço próprio. e incrivelmente bo¬nita. Sem mencionar que é sexy como ninguém! E, pelo que me disse, você se livrou do homem com quem se casou quando ainda era quase uma criança. Você mal tinha dezenove anos de idade, não é isso? Doçura, todo mundo tem o direito de cometer um erro! Um erro?, perguntou-se Elena, com amargura. E quan¬to àquele seu erro mais recente? Jed o aceitaria com a mesma compreensão? Se ao menos ambos não tivessem apressado o casa¬mento. Se ao menos não tivesse acreditado que não hou¬vera consequências depois do que ela e Sam haviam fei¬to. Se não tivesse achado certo ignorar as possíveis re¬percussões daquela noite distante, quando o vinho, a sen¬sação de que algo estivera faltando em sua vida bem-sucedida e uma grande dose de sentimentalismo haviam conduzido a algo que agora poderia arruinar o relacio¬namento com o homem a quem amava demais. Virando a cabeça, beijou-lhe a pele quente com fervor, percorrendo-lhe o peito coberto de pêlos negros com lábios úmidos e sôfregos, a palma de suas mãos deliciando-se com o contato dos músculos firmes. Ouviu-o contendo a respiração, sentiu-lhe o coração pulsando freneticamente de encontro à palma de sua mão e engoliu em seco, esforçando-se para conter novas lágrimas. Não iria chorar! Talvez restassem apenas alguns momentos preciosos a ambos, e era preciso aproveitá-los. Quando os lábios de Jed tomaram os seus foi como um ato de posse passional, e Elena retribuiu com todo o seu ardor e adoração, cingindo-o pela cintura com suas pernas, recebendo-o, aceitando-o ansiosamente, corres¬pondendo ao toque febril das mãos d ...

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