Livro: Nunca é Tarde para Amar Página 2

... m? - No tamanho da Califórnia. Como é diferente para quem vem de San Diego. - Espero que não tenha se arrependido de sua deci¬são de vir ajudar seu tio Joe com os negócios. Ela sorriu documente para o pai. - Claro que não. Na verdade, estava pensando exa¬tamente o contrário. Este lugar tem uma beleza tão rús¬tica. Ainda bem que terei tempo de conhecê-lo bem. Você sabe que sempre adorei a fazenda. Quanto ao tio Joe, fico feliz de ajudar. De verdade. Peter ficou todo envaidecido com a resposta da filha. Ele tinha um amor muito especial pelo irmão adotivo, Joe Colton. Foi Joe quem tomou todas as providências para que Peter freqüentasse uma das melhores uni¬versidades do país, pois Joe sempre demonstrara muito orgulho da inteligência de Peter, principalmente seu ta-lento para a matemática. Após se formar em Stanford, Peter aceitou de bom grado um emprego subalterno no departamento de contabilidade da Colton Transportes Marítimos. Como veio a mostrar talento excepcional para descobrir escoadouros de dinheiro e brechas nas leis tributárias para empresas, logo chamou a atenção de seus supervisores, que teceram elogios a ele para Joe. Joe então deu livre acesso a Peter, que não demo¬rou a subir de posição nas empresas Colton. Assim ele alcançou uma posição na qual podia recompensar o ir¬mão adotivo, agindo como um cão de guarda. Havia uma ligação especial entre aqueles dois homens. E que sempre dera nos nervos do irmão de sangue de Joe Colton, Graham. Peter estendeu a mão a Heather. - Essa é a minha garota. Ele manobrou com o carro em direção à mansão pela estrada interna da propriedade, parando em frente à im¬ponente construção. - Bem-vinda à Hacienda del Alegria. - Heather sorriu, mostrando as covinhas. - Lar da Alegria! O sorriso do pai esmaeceu um pouco. - Não tem havido muita alegria aqui ultimamente. - Ele suspirou, desligou a ignição e abriu a porta com um empurrão. Heather sabia que ele estava se re ...

erindo à festa de aniversário do tio no verão passado, quando ele sofreu aquele atentado horrível. Ela e o pai começaram a cami-nhar de braços dados. - Então, quem sabe não podemos mudar isto? Foram recebidos na porta da frente por Meredith Colton, esposa de Joe. Seus olhos castanhos pareceram brilhar de um modo peculiar ao vê-los. - O que estão fazendo aqui? - Meredith. - Peter se aproximou para beijar-lhe o rosto, mas ela recuou, evitando-o. - Joe está à nossa espera. Ela assentiu. - Negócios, suponho. - Em parte. Mas a razão principal é porque somos da família e Joe precisa de nós. - Acho que Joe deve estar no escritório. Atualmente ele não sai mais de lá. - E se retirou sem comentar as palavras de Peter, ignorando Heather completamente. Eles ficaram olhando para ela enquanto se afastava. A governanta, Inez, os chamou e os conduziu pelo pá¬tio central, onde havia um chafariz e flores cresciam em profusão em inúmeros vasos. - Que recepção calorosa - Heather sussurrou. - Não é novidade. Ela e Joe devem ter brigado de novo. É o que vivem fazendo ultimamente. É óbvio que a tensão está afetando ambos. Peter manteve o braço no ombro da filha enquanto caminhavam pelo corredor pouco iluminado, até chegar a uma porta dupla de madeira nobre com ornamentos talhados. A governanta bateu uma vez, depois abriu as portas e pôs-se de lado para que eles entrassem. - Joe. - Peter voltou a sorrir, mais luminosamente que nunca. Joe Colton podia não ser seu irmão de san¬gue, mas era tudo para ele, sempre fora seu ídolo. Do outro lado do recinto, Joe Colton, sentado de¬trás de uma mesa imponente, empurrou sua cadeira e ficou de pé, indo em direção ao outro. - Peter! Estava ansioso para vê-lo! - Joe deu um gran¬de abraço no irmão e se afastou um pouco, segurando-o pelos ombros, para observá-lo. - Você está ótimo. - Obrigado. Você também. Joe virou-se para Heather e a abraçou calorosamente. - Olá, querida. Foi ...

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