Livro: Caçador de corações

... Quicksilver\'s Catch Mary McBride Uma atração impossível de ser ignorada. Nebraska, 1874. Marcus Quicksilver movia-se como um felino, e, se tivesse um pouco de bom senso, Amanda Grenville procuraria ficar a quilômetros de distância, em vez de correr diretamente para os braços dele! Mesmo coberta pela poeira da estrada, Amanda Grenville ainda era muito atraente. Uma atração de cinco mil dólares, para ser mais exato! Se ao menos o caçador de recompensas Marcus Quicksilver conseguisse se concentrar apenas no prêmio e não se sentisse tão fascinado pela herdeira, talvez ele conseguisse levá-la de volta! Digitalização: Joyce Revisão: Cynthia PRÓLOGO — A Srta. Amanda não quer comer, madame. Bridget flexionou os joelhos, tanto para manter o equi¬líbrio no trem em movimento como para demonstrar res¬peito pela idosa e enormemente rica patroa. — Bobagem. — Honória Grenville ergueu a mão en¬luvada e sacudiu o lenço. — Minha neta não come nada desde que partimos de Denver, ontem. Leve a bandeja para ela, Bridget. — Mas, minha senhora. — Agora. A voz da Sra. Grenville era tão dura quanto as batidas de sua bengala de ébano no chão da cabine particular do trem. — Sim, madame. Bridget soltou um suspiro de resignação e marchou para o lado onde ficavam os leitos. Gente rica! Aquelas pessoas a deixavam nervosa. — Tem certeza de que não quer jantar, Srta. Amanda? — ela perguntou, hesitante, erguendo a bandeja e pas¬sando-a entre as cortinas bordadas do compartimento. Como não houve resposta, Bridget mordeu o lábio e recuou. Ai, meu Deus, outra vez, pensou, quando uma xícara passou voando a poucos centímetros do nariz dela, indo espatifar-se contra a parede de mogno no outro lado do vagão. O pires seguiu atrás com o mesmo destino. Logo depois começou a chover. ervilhas e cenouras! Que todos os santos me ajudem! Garfos e colheres. Bridget abaixou-se bem a tempo de não ser atingida pela bandeja de ...

prata, que caiu no chão e deslizou pelo tapete oriental, até parar na barra do vestido preto de Honória Grenville. — Agora chega, Amanda! — A bengala da velhota cravou-se no centro da bandeja. — Está me ouvindo, Bridget? Diga à minha neta que não vou tolerar mais esse comportamento. Uma voz enraivecida atravessou as cortinas. — Diga à minha avó que eu posso ouvi-la, Bridget. Diga também que, tão logo ela pare de me manter como prisioneira e deixar que eu volte a Denver para me casar com Angus McGray, não precisará mais tolerar o meu mau comportamento. Vou me casar com ele, vovó. Está me ouvindo? Ela me ouviu, Bridget? Um rápido olhar ao rosto pálido da Sra. Grenville bas¬tou para mostrar que a mulher ouvira a ameaça. — Acho que ela ouviu, senhorita — respondeu Bridget, olhando nervosamente para a irada patroa e para as cortinas, que agora tremulavam como se estivessem sen¬do empurradas pela respiração da Srta. Amanda. A jovem criada irlandesa estava sempre se surpreen¬dendo com a freqüência com que as pessoas ricas briga¬vam. E também com a veemência das brigas. Se tivesse dinheiro, ainda mais uma fortuna como a dos Grenville, viveria contente como uma vaca no pasto, satisfeita como um pássaro no céu. Assim como a Srta. Amanda, sem dúvida iria querer se casar com o homem que escolhesse, e também ficaria furiosa se fosse arrastada para longe do altar bem na hora de pronunciar o "sim", como acon¬tecera com a Srta. Amanda no dia anterior. — Angus McGray é um caçador de fortunas, um sa¬lafrário — vociferou a Sra. Grenville. — Mesmo assim vou me casar com ele, vovó. — O que foi que ela disse, Bridget? — Disse que. — Eu disse que mesmo assim vou me casar com ele - gritou a voz de Amanda. — Disse que a senhora não conseguirá me manter presa para sempre, vovó. No mi¬nuto em que virar as costas, voltarei para Denver. Espere só para ver. — O que ela disse, Bridget? — A ponta da bengala de éb ...

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