Livro: Amor estranho amor
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... Autor: Jessica Steele. Título original: Innocent Abroad. Dados da edição: Abril S. A., São Paulo, 1983. Género: romance. Digitalização: Dores Cunha. Correcção: Edith Suli. Estado da obra: corrigida. Numeração de página: rodapé. Esta obra foi digitalizada sem fins comerciais e destina-se unicamente à leitura de pessoas portadoras de deficiência visual. Por força da lei de direitos de autor, este ficheiro não pode ser distribuído para outros fins, no todo ou em parte, ainda que gratuitamente. Copyright: Jessica Steele Título original: Innocent Abroad Publicado originalmente em 1981 pela Mills Boon Ltd., Londres. Inglaterra Tradução: Bruna Bruno Copyright para a língua portuguesa: 1983 Abril S.A. Cultural — São Paulo Esta obra foi integralmente composta e impressa na Divisão Gráfica da Editora Abril S.A. Foto da capa: R.J.B. Photo Library CAPITULO I Regina entrou no apartamento que compartilhava com a irmã e fechou a porta com força. Um soluço subiu-lhe à garganta e ela caiu num pranto convulso. O mundo parecia desmoronar. Ela passara a tarde toda numa crescente ansiedade, esperando um telefonema de Clive, que. afinal, não correspondera às suas expectativas. Clive trabalhava no departamento técnico de uma empresa eletrônica. Os dois vinham se encontrando havia dois meses, mas há apenas um dia tinham declarado amor eterno. Por isso Regina esperava que ele lhe telefonasse aquela manhã, dizendo, com sua voz grave e profunda: — Você ainda me ama, querida? — Sim, Clive. Oh, claro que sim! Mas logo o encantamento se desfizera: ele teria que viajar a negócios para os Estados Unidos. E o pior: deveria partir no dia seguinte, e passar todo o mês de dezembro fora. — Mas então você não vai passar o Natal aqui! E vai perder o casamento de Bella! — Sei disso, querida. Mas essa viagem vai dar um grande impulso à minha carreira. — E acrescentou, com ternura: — Ouça, nós não costumamos ver ...

nos aos sábados, mas poderíamos fazer uma exceção. Que tal sairmos hoje à noite? Regina concordou. Afinal, ficaria um mês inteiro sem vê-lo. E ouviu, com o coração ansioso, Clive completar, com maior doçura na voz: — Tenho algo a propor a você. Algo em que quero que pense seriamente durante a minha ausência. Na certa ele iria pedi-la em casamento. A primeira reação de Regina foi a de dizer que não precisaria de um mês para pensar. Nem sequer de um dia ou de um minuto. Claro que queria se casar com ele! Mas sua educação antiquada a inibiu. Se a avó ainda estivesse viva, certamente lhe diria: — Espere até ser consultada. Um soluço mais forte ecoou pelo pequeno apartamento, trazendo-a de volta ao momento presente. Os ponteiros do relógio da estante de livros marcavam quase meia-noite. Bella deveria chegar a qualquer momento. Regina enxugou os olhos. Não queria que Bella á visse chorando. Não que pudesse esconder sua mágoa; sempre fora muito ligada à irmã, principalmente depois da morte dos pais, quando ambas foram morar com os avós. Eram amigas, confidentes, e por isso, naquela mesma noite, antes de saírem, Regina havia contado a Bella que Clive ia pedi-la em casamento. Agora, com a cara mais murcha deste mundo, teria que dizer à irmã que não houvera proposta alguma. Regina já estava na cama quando ouviu Bella entrar. Tinha deixado a luz acesa, certa de que a irmã estaria curiosa para saber as novidades. E estava. Quando Bella entrou no quarto, cantarolando a marcha nupcial, Regina sentou-se na cama, as mãos entrelaçadas sobre os joelhos e um olhar que denunciava sua dor. Bella aproximou-se, preocupada. — Oh, queridinha! O que aconteceu? — Bella! Oh, Bella! — Novas lágrimas rolaram pela faces de Regina. — Ele. ele. Clive é casado! Bella a abraçou com força, consolando-a. Depois preparou um chá bem quente e esperou que Regina o tomasse. — Quer dizer que essa coisa tão especial que ele tinha par ...

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