Livro: Esposa de Adorno
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... Jake Howard\'s Wife Anne Mather (1979) Tradução: Paty Resumo: Jake Howard era muito atraente e imensamente rico. Começou desde abaixo, até conseguir uma posição invejável. Sua esposa Helen era seu complemento perfeito: bela, inteligente e de bom berço. Parecia um casal perfeito, mas as aparências enganam. Ela foi escolhida unicamente para coroar seu sucesso social e Helen o aceitou como o meio para obter uma vida cheia de comodidades, já que tinha estado vizado a elas desde seu nascimento. Tinham feito um trato ao casar-se: ela seria a esposa perfeita de um homem de sucesso e a mudança ele não a tocaria. No entanto, depois de vários anos de casal, Jake por fim parece consciente de que Helen é algo mais do que um mero enfeite em sua casa. CAPÍTULO 1 O EXPRESSO urbano se acercava ao cruzeiro de King. Corria no meio de altos edifícios de apartamentos que não beneficiavam aos planificadores desta seção da cidade. Mais modernos eram os arranha-céus elevados, tão feios em aparência como os primeiros, moldes de concreto e vidro rígido e impessoais. Ao menos os apartamentos tinham restos de pintura que delatavam a presença humana. Os arranha-céus poderiam ter sido templos monolíticos dedicados aos deuses. Jake Howard levantou a vista dos papéis que tinha estendidos sobre a mesa e olhou pela janela, ficando um pouco surpreso. Londres, somente duas horas e meia depois de sair de York. ¡Que fácil era transportar-se na atualidade! O podia ter tomado um avião por suposto, mas desfrutava a viagem em trem. Recordava-lhe sua juventude, suas primeiras impressões da grande cidade, e ao inexperiente jovem que era nessa época. Um moço tocou na janela de seu privado e Jake, com um gesto imperativo, indicou-lhe que podia entrar. —Faltam só cinco minutos para o cruzeiro de King, Sr. Howard-lhe disse com cortesia e deferência—. Precisa você algo mais senhor? Outra coisa? Jake moveu a cabeça negando, meteu a mão no bolso da ca ...

ça e sacou um bilhete de cinco libras. —Nada mais, graças-respondeu estendendo o bilhete ao homem—. Pode você arrumar que minha bagagem seja levada a meu automóvelmóvel quando cheguemos? —Por suposto senhor. Graças, e espero que tenha tido uma viagem prazerosa. Os olhos cinza de Jake brilharam com ironia. —Aceitável. Graças. O moço sorriu cortesmente e saiu. Jake começou a guardar seus papéis dentro de sua valise. Durante o trajeto, tinha podido completar sua avaliação do negócio Havilland e confiava que não teria dificuldades. A empresa Havilland Chemicals faria parte muito cedo da Fundação Howard e isso lhe comprazia muito. Por suposto, teria que discutir os detalhes com Sinclair na manhã, mas isso era pura formalidade. Terminou de guardar seus papéis e sacou uma carteira de cigarros. Acendeu um e descansou a cabeça de cabelo escuro no assento. Através das janelas do trem, algo empoeirada, brilhava as luzes da cidade. Era um pouco mais das sete e nessa época do ano a luz do dia não duraria bem mais. Fazia frio, ele o tinha sentido enquanto esperava o trem na estação de York. A baixa temperatura de outubro se acentuava com um gelado vento do este. Depois de ter estado no calor da costa ocidental dos Estados Unidos, este clima resultava bem mais frio. Sorriu. ¡Que maneira de regressar a Londres desde California, via Glasgow e a estação de transporte ferroviário de York! Em realidade essa era seu costume. Sempre que regressava a Inglaterra passava a primeira noite com sua mãe e como ela vivia em Selby no condado de Yorkshire, sempre voava a Prestwick e viajava para o sul desde aí. Seus pensamentos se transladaram aos momentos irritantes em que teria que mudar do trem a seu carro, a chegada a sua casa situada no elegante bairro de Belgravia, e a Helen sua esposa… Seus lábios se contraíram ao pensar nela. Neste momento já teria recebido as flores que lhe enviou desde Glasgow e sem dúvida o estaria esperando para dar- ...

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