Livro: Emoções Clandestinas
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... A Dangerous Sentiment Lynn Erickson Super Julia 47 O amor lhes parecia mais perigoso do que a busca de um inimigo oculto nas sombras. Fascinado, Weston Leroux admirava os movimentos graciosos de Daphné, que caminhava pela orla da praia iluminada pelo luar. O silêncio da noite os envolvia e aproximava ainda mais. No entanto, não podiam deixar que o amor fluísse nem entregar-se àquele apelo que os consumia. O perigo os espreitava, não podiam esquecer a missão que os trouxera até ali. Restava pouco tempo para desmascarar o criminoso e impedir um atentado de conseqüências imprevisíveis. Não havia lugar, naquele momento, para a inesperada paixão que poderia enredá-los numa trama mais perigosa do que a que viviam. Digitalizadora: Carla Matos Revisora: Regina Celi Título original: A Dangerous Sentiment Copyright © by Molly Swanton & Carla Peltonen Publicado originalmente em 1986 pela Harlequin Books, Toronto, Canadá Tradução: Cecília C. Bartalotti Copyright para a língua portuguesa: 1987 EDITORA NOVA CULTURAL LTDA. Av. Brigadeiro Faria Lima, 2000 - 3. ° andar CEP 01452 - São Paulo - SP - Brasil na foi composta na Artestilo Compositora Gráfica Ltda. e impressa na Artes Gráficas Guaru S.A. CAPÍTULO I Um pouco decepcionada, Daphné Farway levantou à cabeça e olhou para o velho prédio à sua frente. O endereço estava correto: Atlantic Avenue, 470. Não tivera dificuldade em en¬contrar o local naquele bairro afastado do centro de Boston, mas esperava um lugar mais imponente. Enxugou as gotas de suor na testa e respirou o ar quente, olhando para o relógio. Eram onze e meia da manhã, a hora que marcara para a entrevista. No interior do prédio a temperatura mais amena a aliviou um pouco. Já estava muito nervosa sem o irritante suor escor¬rendo pelo rosto. A placa em cima do elevador dizia apenas: Serviço Secreto dos Estados Unidos, quint ...

andar. Enquanto subia, não pôde deixar de pensar que Brady havia trabalhado ali. Cada parede devia ter sido tão familiar a ele quanto sua própria casa. O que diria ao chefe de Brady, o agente especial Jerry Gallent, principal homem do escritório do Serviço Secreto em Boston? Após semanas tentando localizá-lo, conseguira falar com ele pelo telefone e marcara aquela entrevista. Fechou os grandes olhos azuis e suspirou. Contaria a ele que seu noivo, Brady Leighton, tinha desrespeitado as regras de segurança e lhe contara em segredo que havia descoberto a existência de um traidor dentro do escritório do Serviço Secreto? Será que deveria revelar tudo? Que Brady andava coletando provas de que um dos agentes passara adiante informações secretas importantíssimas, que punham em perigo a própria estabilidade política do país? Sabia demais. Brady lhe confiara todos seus segredos. Ela conhecia tudo sobre o escritório, os colegas de serviço, os passos que tomara em seu último caso. Exceto o nome do traidor. Ele lhe dissera que aquilo não poderia ser revelado até que apresentasse todas as provas a seus superiores em Washington. Portanto, agora, ela precisava se defrontar com o agente especial Gallent com todas as peças do quebra-cabeça, exceto uma, a mais importante de todas. Brady não podia mais divulgar a identidade dessa pessoa, porque estava morto. O elevador parou no quinto andar. Na porta em frente viu a placa Serviço Secreto dos Estados Unidos, em letras pequenas e uniformes. A recepcionista sorridente entregou a Daphné um crachá com seu nome datilografado. Em seguida, ela foi conduzida por entre mesas e escritórios com janelas de vidro, consciente de que todos a estavam observando. Com certeza sabiam que ela havia sido noiva de Brady e se indagavam sobre o que estaria fazendo ali. — Srta. Farway — anunciou a recepcionista. Jerry Gallent levantou-se da cadeira e aproximou-se dela com a mão estendida. Era um homem baixo e corp ...

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