Livro: Cartas da Paixão
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... Wild Card Susan Amarillas Ela fugia do passado, mas era impossível fugir do amor. Wyoming, 1879. O xerife Jake McConnell tinha uma amante a quem servia com total devoção: a Justiça. Até o dia em que Clara Travers o expulsou de seu Saloon. Naquele momento, ele soube que nunca mais seria o mesmo. Na luta para refazer sua vida, a fascinante e misteriosa Clara Travers não contava se apaixonar por Jake McConnell, homem cuja dedicação à verdade exigia que ela revelasse um terrível segredo quê assombrava seu passado! Digitalização: Tinna Revisão: Bruna Cardoso Copyright 1997 by Karen L. Amarillas Publicado originalmente em 1997 pela Harlequin Books, Toronto, Canadá. Todos os direitos reservados, inclusive o direito de reprodução total ou parcial, sob qualquer forma. Esta edição é publicada por acordo com a Harlequin Enterprises B.V. Todos os personagens desta obra, salvo os históricos, são fictícios. Qualquer outra semelhança com pessoas vivas ou mortas terá sido mera coincidência. Título original: Wild Card Tradução: Paula Dias de Andrade Editor: Roberto Pellegrino Chefe de Arte: Ana Suely Dobón Paginador: Nair Fernandes da Silva EDITORA NOVA CULTURAL LTDA. Rua Paes Leme, 524 - 10a andar CEP 05424-010 - São Paulo - Brasil Copyright para a língua portuguesa: 1998 EDITORA NOVA CULTURAL LTDA. Fotocomposição: Editora Nova Cultural Ltda. Impressão e acabamento: Gráfica Círculo. PRÓLOGO Texas, 1879. A arma caiu de sua mão. Corpo do xerife tombou inerte, sobre o assoalho. Com o coração em disparada, Clara viu o sangue espalhar-se pela camisa desbotada do homem. Sentindo o peito apertar-se, ela se afastou devagar, passo a passo. Não podia estar acontecendo. Não mesmo. Sua mente negava a realidade daquela cena repugnante. O pânico invadiu-a por completo. "Corra!" Clara precipitou-se em direção à porta e colidiu com o tórax musculoso ...

de Buck Hilliard, o assistente do xerife. Buck segurou-a com força, apertando os dedos contra o tecido de algodão do vestido, e divisou estupefato, o corpo estendido ao lado da cama. — Sua miserável! — Buck exclamou. — Você o matou! — Não. — Clara queria explicar, apesar de estar claro que fora isso mesmo o que fizera. De repente, não mais se ouvia a algazarra do Saloon. — Ei! — um homem gritou. — Quem está atirando aí em cima? Ao fitar os olhos frios de Buck Hilliard, Clara sentiu que estava arruinada. Cada músculo de seu corpo parecia ter se transformado em pedra. O sangue parecia borbulhar em suas veias. Ele a pegara. Haveria um julgamento, prisão. E o final seria devastador. O pânico emergiu de suas entranhas, exigindo uma atitude. — Solte-me! — Clara ordenou, tentando se desvencilhar. Buck ainda olhava o corpo do xerife e, sem dizer uma palavra, atendeu ao apelo frenético. Soltou-a. Clara não titubeou: correu até a porta, segurando a barra do vestido de seda. Atrás de si, ela podia ouvir o som de homens descendo as escadas e questionando aos gritos. Outro tiro ecoou no ambiente, aumentando o pânico. Rápido, ela olhou para trás, mas não havia ninguém. O assistente do xerife desaparecera. Com certeza, entrara no quarto. Clara precisava alcançar a porta dos fundos. Atingindo a escadaria, apressou o passo, ouvindo apenas o som de suas botas batendo nos degraus de madeira. "Corra!" Fugir era a única saída. Jamais acreditariam nela. Não quando o xerife daquela região fora morto nos aposentos de uma mulher. Na longa e escura ruela, Clara se esgueirou entre as sombras, procurando não ser vista. Perdeu o equilíbrio ao pisar na terra fofa e seca do solo. Apoiando-se nas paredes de madeira do prédio para não se esborrachar no chão, esforçou-se para ganhar velocidade e escapar. — Onde está ela? — A voz colérica de um homem ecoou na escuridão. Não poderia voltar, tampouco havia tempo para maiores ex ...

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