Livro: Um Casamento Ideal
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... Título Original: An ideal marriage? Helen Bianchin 1999 “Este Livro faz parte de um projeto individual, sem fins lucrativos e de fã para fãs de romances. A comercialização deste produto é estritamente proibida.” Traduzido e revisado por : ILNETE Resumo Quando Gabbi se casou com Benedict Nicols, falou-se do casamento da década, porque se uniram duas marcantes famílias endinheiradas. Benedict se converteu no diretor de um império, e Gabbi se trans-formou na esposa perfeita. Ela desempenhava seu papel brilhan-temente, mas ninguém teria suspeitado de sua secreta tristeza: que amava a seu marido mas, para ele, seu casamento era só um assunto de negócios, sexo e herdeiros. Ela não queria ficar grávida como se esse fato fosse parte de um contrato comercial, mas sabia que, se não o fizesse, sua atraente meia-irmã estaria disposta de desem-penhar o papel de esposa e mãe. Tinha que fazer algo para salvar seu casamento. Capítulo 1. GABBI parou o carro no meio de um congestionamento em South Head Road, perto do bairro de Sidney chamado Elizabeth Bay. Olhou seu relógio nervosa e golpeou os dedos ritmicamente no volante. Em uma hora tinha que se banhar, lavar-se o cabelo, secá-lo e penteá-lo, maquilar-se, vestir-se e receber os convidados ao jantar. Ficar presa dez minutos no meio do tráfego não fazia parte de seus planos. Olhou suas mãos pintadas e arrumadas: não tinha almoçado para ir à manicure. Tinha comido uma maçã no meio da tarde, o que não podia considerar-se um adequado substituto de um almoço. O carro da frente começou a mover-se. Ela o seguiu, mas ao mudar o semáforo teve que voltar a pisar o freio. A esse passo, lhe custaria duas ou três tentativas passar a inter-seção, pensou. Devia ter saído antes do escritório para não ver-se afetada pela hora a mais no trânsito. Mas seu cabeça dura não o tinha permitido. Como era a filha de James Stanton, não lhe fazia falta trabalhar. Suas ...

ropriedades, uma extensa carteira de ações e uma apreciável renda anual a situavam na lista de ricas mulheres jovens de Sidney. Além disso, era a esposa de Benedict Nicols, e seu posto de assessora ajudante de direção das Empresas Stanton-Nicols era visto muitas vezes como uma amostra de nepotismo. Gabbi apertou o acelerador com satisfação, mas teve que voltar a parar. O telefone móvel soou. Ela respondeu automaticamente. — Gabrielle. Havia uma só pessoa que se negava a usar seu diminutivo: Monique. — Está dirigindo? — Estou retida — respondeu, perguntando-se qual seria o motivo da chamada de sua madrasta. Monique não chamava nunca para saudá-la simplesmente. — Annaliese vem esta tarde. Importaria-te que fosse jantar conosco esta noite? Os anos passados em um internato de uma escola de elite a fizeram responder cortesmente. — Não, absolutamente. Estaremos encantados de que venha. — Obrigada, querida. A voz do Monique soou suave quando pendurou. Estupendo, disse-se, enquanto chamava a Enjoe para lhe dizer que pusesse outro prato na mesa. Suspirou. Esperava que o fato de que fossem treze pessoas não fosse má sorte em nenhum sentido, pensou depois de desligar. O tráfego começou a mover-se. James Stanton se casou fazia dez anos com uma divorciada de vinte e nove anos com uma filha pequena e aquilo o tinha cheio de alegria. Monique era muito sociável, igual a ele, e uma anfitriã excepcional. A pena era que o afeto de Monique não tinha chegado até a filha de seu marido. Ela tinha tido então quinze anos, e havia sentido a superficialidade de sua madrasta. Passou-se seis meses pergun-tando-se por que, até que uma amiga havia dito algo a respeito das características de uma relação disfuncional do ponto de vista psicológico. Como resposta, Gabbi tinha decidido se destacar em tudo o que fazia. Como conseqüência tinha ganho campeonatos esportivos, tinha terminado a carreira com um expediente acadêmico insupe-rável ...

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