Livro: Buquê de Espinhos
Autor - Fonte: Lyn Stone
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Lyn Stone
Ainda crianças, Alys de Camov e John, o Lorde Greycourt, ficaram noivos. Desde então, nunca mais se viram. Mas quando tornam-se adultos e é chegada a hora de finalmente se casarem, Alys percebe que John não tem intenção alguma de desposá-la. Agora, Alys está decidida a vencer essa batalha, custe o que custar!
Disponibilização: Marisa
Digitalização: Marina
Revisão: So
Capitulo Um
Hetherston Castle, Northumberland, 1366
— Esse homem não a quer, Alys! Entenda isso!
Alys de Camoy empurrou a prima para o lado, tirando-a do caminho.
— Ele está aqui. Terei um marido agora.
Isso já lhe fora negado duas vezes, pela morte e pelas circunstâncias. Mesmo ela tendo escolha ao ser prometida, desta vez, não poderia ser mais afortunada. E seu cavaleiro estava em casa.
— É o que você diz. Mas se ele não veio buscá-la antes.
— Silêncio, Thomasine! Solte meu braço! Vou recebê-lo no pátio. Preciso me apressar!
— Ele que espere! — gritou a prima. — Ele já a deixou esperando por muito tempo! — A moça, re¬cém-chegada de Londres, segurou novamente a manga de Alys para deter seu avanço. — Pára com isso, Alys. A corte inteira está zombando de você por se apegar a um contrato de mais de dez anos com aquele escocês de meia tigela.
— Por quem o rei possui a maior estima — Alys retrucou.
Seu prometido fora feito prisioneiro pelo usur¬pador espanhol Testamere enquanto impedia que o filho do rei, Lancaster, fosse capturado. Tal ato fora o suficiente para tornar John benquisto por toda a família real.
Embora contentíssima de ter sabido por Thomasine, cismara que John ainda estava vivo e que chegara recentemente da Espanha, Alys gostaria que a prima permanecesse na corte. Thomasine cismava que John amaldiçoava qualquer um que ousasse se aproximar dele, até mesmo os médicos do rei. Não era verdade, é claro, pois esse não era o cavaleiro cordial que ela conhecia e amava.
— Chega desta ladai
...
ha e espere aqui! — ordenou Alys.
Embora fosse raro, ela sabia muito bem mostrar autoridade, quando necessário. Thomasine zombou.
— Então vá! Faça o papel de cãozinho obediente, pulando aos pés do dono! Estou avisando: qualquer homem vai tirar vantagem se você.
Ela nem quis escutar o resto. A prima, definitivamente, não conhecia John. Alys, ao contrário, crescera ouvindo o pai e a mãe contar as gloriosas histórias daquele homem. Era um corajoso cavaleiro e Thomasine não tinha a menor idéia disso.
Os portões se abriram quando Alys chegou ao último degrau da escadaria do enorme castelo de pedra. Tinha orgulho de como conduzira as coisas desde a morte do barão. John não iria se desapontar com a forma como ela cuidara de sua proprie¬dade.
As despensas estavam muito bem abastecidas depois de um rigoroso inverno. Um banquete de boas-vindas para aquela noite não representaria muito problema e ainda sobraria o bastante para o casamento. As ovas chocavam nos viveiros de peixe. Os porcos aumentavam, assim como os bois. E o plantio também começara.
O fosso fora limpo há apenas alguns dias, porém as chuvas de primavera já o haviam enchido. Ela insistira que a terra fosse remexida regularmente e que reparos fossem feitos sem demora nas edifica¬ções!.
— Nesse ponto, ele não poderá reclamar de nada — ela procurou se convencer, enquanto alisava a saia.
Só foi então que Alys parou para pensar na própria aparência. Quando ele a vira pela última vez, ela era apenas uma menina de 11 anos que usava um xale azul e uma coroa de flores sobre os cabelos louros. O que será que acharia dela agora?
Naquele dia, trajava um vestido simples de chamalote com um sobretudo de linho verde. O cabelo escurecera até se tornar quase castanho, com exceção de algumas mechas que o sol manteve claras. Presos por uma touca, seus cachos rebeldes não contribuíam muito para melhorar a aparência.
Ela tentou esconder rapidamente alguns fios tei¬mosos e ...
Comentários:
Soleide: Linda história amei muito boa .
Mary Santos : Ela é uma boba e ele é um chato não gostei .
Mônica borges: Linda história. .
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