Livro: A última caçada Página 3
Autor - Fonte: CAROLYN DAVIDSON
...
nte a fez pressentir o perigo. Sob as árvores que bordeavam a propriedade, distinguia-se, com dificuldade, um cavaleiro sobre um cavalo tão negro que quase se perdia na escuridão.
— Posso aproximar-me? — perguntou o homem. Erin sentia que o coração lhe palpitava a toda a velocidade e teve mesmo que apoiar-se contra a porta, um instante. Depois inspirou profundamente e forçou-se a falar com determinação.
— O que quer? Estou armada.
— Surpreender-me-ia muito se não o estivesse, senhora.
O cavalo saiu das árvores e avançou para a cabana. O homem não era mais que uma figura escura, com chapéu, ombros largos e formando um só corpo com o animal que montava.
Erin empunhou a arma que tinha sempre no canto e abriu um pouco mais a porta.
O homem quase tinha chegado ao alpendre e estremeceu perante a ameaça que significava a sua presença. O mais razoável seria disparar primeiro e perguntar depois, mas, se as suas intenções fossem fazer-lhe mal, não teria avançado tão declaradamente. Além disso, seria uma confusão na qual não queria meter— se, a não ser que fosse absolutamente necessário.
— Eu gostaria de falar consigo, senhora. Posso entrar?
A sua voz não era áspera como lhe tinha parecido ao princípio. No entanto, dava a impressão de não falar há muitos dias e as palavras saíam-lhe com dificuldade.
8
— Fique onde está — disse-lhe, apontando-lhe com a arma. — Diga o que tem que dizer.
— Necessito de um lugar onde passar a noite. Está a preparar-se uma tempestade e o meu cavalo não gosta nada de se molhar: Poderia usar o seu celeiro?
Erin tentou ver-lhe a cara.
— Tire o chapéu.
Ele obedeceu. Com uma mão tirou o chapéu e com a outra alisou o cabelo.
Era um homem grande e aquilo notava-se apesar de estar montado num animal também grande. Estava muito moreno e tinha o cabelo comprido até à gola da camisa: Uma arma colocada na bainha da sela era a única arma visível, embora duvidasse que fosse a únic
...
.
— Desmonte. Deixar-lhe-ei um prato de pão de trigo no alpendre. Pode passar a noite aqui, mas não tenho espaço no celeiro para o cavalo. Terá que ficar atado à parede.
Ele assentiu.
— Muito obrigado, senhora. Agradeço-lhe a comida. Passaram muitas horas desde o meio-dia.
— Vem de Pine Creek? — perguntou; e a suspeita era clàra no seu tom.
— Não. Venho de Big Bertha, do outro lado.
A mina estava prestes a esgotar-se, mas ainda havia homens a trabalhar nela. Provavelmente, tinha sido despedido, como tantos outros, depois de a terra-mãe ter deixado de produzir. O empregado
9
do armazém de Pine Creek tinha-lhe referido muitos dos detalhes daquele território, coisas que ela tinha escutado com avidez. Era conveniente conhecer os arredores.
— De acordo. Pode passar a noite — repetiu, e fechou a porta.
Tirou o pão do forno e cortou-lhe uma fatia grossa que pôs num dos dois pratos de metal que vinham com a cabana. Um pouco de manteiga, uma faca e um garfo completavam o jantar. Abriu a porta devagar e agachou-se para deixar a comida no chão do alpendre, depois de se ter assegurado de que não andava por ali.
— Melhor ainda. — disse, depois de um momento, e voltou a aproximar-se do forno. Também podia oferecer-lhe uma chávena de café.
Ao voltar a abrir a porta, o visitante levantou o olhar. Estava no alpendre, agachado com intenção de recolher o prato. Tinha os olhos escuros e entreabriu-os, defendendo-se da luz de dentro da casa.
— Passa-se alguma coisa, senhora? — perguntou, e esboçou um sorriso ao ver a chávena de café que lhe oferecia.
Ela estendeu-lhe a chávena com desconfiança e ele tirou-a da sua mão com cuidado, para não tocar nos seus dedos.
— Obrigado. Agradeço muito.
Olhou para ela, de cima a baixo, e os olhos abriram-se um pouco ao reparar no tamanho do seu ventre.
10
— A senhora está bem, aqui sozinha? — perguntou, de forma pacífica.
— O que lhe faz pensar que estou sozinha? — inqui ...
Warning: Undefined global variable $_POST in
/home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/livro.php on line
252
Comentários:
Warning: Undefined global variable $_POST in
/home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/livro.php on line
258
Warning: Trying to access array offset on value of type null in
/home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/livro.php on line
258
Rose: Um caçador de recompensas que acabou caçado. Assim é a historia de Quinn e Erin, um romance que faz suspirar, que convence porque nasce devagar. Lindo..
LEIDIANE : Como faço pra baixar o livro .
Mere: Lindo romance. Perfeito 29/12/2017.
Neuza: Adoro esse livro♥♥♥.
Paula Correia: A história é linda, porém sempre que tento baixá-la aparece outra em seu lugar..
Deixe aqui seu comentário sobre este livro: