Livro: O vale da sedução
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... Wildwood LYNNA BANNING CLÁSSICOS HISTÓRICOS ESPECIAL 33 Eles logo souberam que não podiam viver um sem o outro. Oregon, 1868. Em Wildwood Valley, o "problema" era um distintivo tentadoramente preso ao peito largo e musculoso do xerife Ben Kearney. E Jéssica Whittaker estava determinada a ignorá-lo. Mas como, se só de olhar para aquele homem ficava totalmente sem ação? No dia em que Jéssica chegou à cidade, Ben soube que estava perdido. A forasteira não apenas era linda e sedutora, como ainda revelava uma séria tendência para se meter em encrencas. além de um talento todo especial para envolvê-lo em suas enrascadas. Disponibilização do livro: Valéria Digitalização: Joyce Revisão: Ana Ribeiro NOTA DA AUTORA Contrariando o moderno estereótipo da desamparada mulher vitoriana na fronteira americana, mulheres corajosas e articuladas abundavam no Velho Oeste. Muitas cavalgavam tão bem quanto qual¬quer vaqueiro, cuidavam da família, seguiam carreiras, falavam de assuntos importantes para a época e traba¬lhavam ao lado dos homens para levar a civilização à fronteira. Abigail Scott Duniway, conhecida como a mãe do su¬frágio igualitário no Oregon, publicou o periódico New Northwest, em Portland, de 1871 a 1887. Catharine Amanda Scott Coburn, irmã mais nova de Abigail, editou o periódico Evening Telegram, também de Portland, de 1883 a 1888. Depois, passou um quarto de século como editora do Oregonian. No Colorado, Caroline Romney lançou o jornal The Durango Record em 1880. Laura DeForce Gordon pu¬blicou o Daily Reader em Stockton, Califórnia, em 1874. E, em Wyoming, o Plate Valley Lyre, de Sara-toga, era editado pelas irmãs Gertrude M. e Laura C. Huntigton. Em 1897, The Idaho Woman, de Caldwell, Idaho, de¬fendia a causa do sufrágio e da temperança. E em Topeka, Kansas, Carrie Nation também promovia a causa do sufrágio feminino no Smasher\'s Mail, que começou a ser publicado em 1901. Os da ...

os acima foram extraídos da obra Newspapering in the Old West (A Edição de Jornais no Velho Oeste), de Robert F. Karolevitz, Seattle, Superior Publishing Company, 1965. UM Wildwood Valley, Oregon, 1868. Benning Kearney cortou um bocado do filé suculento que comia todas as manhãs, acompanhado de três ovos fritos e café preto. Ergueu o garfo, levou-o à boca e. imobilizou-se de imediato. Através da janela envidraçada do restaurante, ele ob¬servou a chegada da diligência das sete horas, que parou defronte do Hotel Dixon, do outro lado da rua. A porta do coche escancarou-se, revelando a figura de uma jovem mulher vestida de negro, com um chapéu extravagante preso por uma fita sob o queixo. Ela esticou uma das pernas para o chão, o pé delicadamente calçado em um sapato negro como seu vestido. Seu pé, pelo menos, in¬dicava que se tratava de uma mulher jovem. Por outro lado, sob aquele chapéu excêntrico, ficava difícil adivi¬nhar sua idade. O sapatinho preto retraiu-se inesperadamente, indo pousar no degrau da pequena escada da diligência. O outro pé estirou-se, retrocedeu e pousou no mesmo de¬grau, ao lado do primeiro. Benning mastigou pensativamente seu filé e esperou para ver o que a desconhecida faria a seguir. Agora os dois sapatinhos pretos quase se tocavam na borda do degrau de ferro. E, então. De repente, ela deu um pequeno impulso, pulou para cima e para baixo duas vezes. Benning, que nesse mo¬mento engolia mais um pedaço de carne, quase engasgou. Que mulher mais maluca, pensou. Sorveu um gole de café reconfortante e, sem querer, soltou uma gargalhada. Era raro passarem por ali viajantes que quebrassem a monotonia da fronteira ocidental. Espiando a mulher através da vidraça, ele continuou a saborear seu desjejum. A forasteira era magra demais, com uma cinturinha de vespa. Provavelmente tinha tem-peramento condizente, a julgar pela demonstração de in¬domado entusiasmo que Benning acabara de presenciar ...

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