Livro: O renascer do amor
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... Um segredo frágil como o cristal impedia que Lana se apaixonasse! Vinho, luz de velas, jantar sob as estrelas. era perigo demais para o coração de Lana, que queria manter-se imune às seduções. Brent Tremaine, o charmoso dono do chalé onde Lana passava suas férias, deixou bem claro suas intenções, ao passar a assediá-la a todo o momento que a via sozinha. Porém, ela não se interessava por uma aventura de férias. Viera até ali a procura de Eric Halversen, um homem estranho e misterioso. Tinha uma dívida de gratidão para com ele e a pagaria mesmo que para isso precisasse impedir que o amor voltasse à sua vida! Disponibilização: Rejane Digitalização: Simoninha Revisão: Kátia Míriam Macgregor Copyright: Miriam MacGregor Título original: Lord of the lodge Publicado originalmente em 1988 pela Mills & Boon Ltd., Londres, Inglaterra Tradução: Cristina Dinamarco Copyright para a língua portuguesa: 1990 CAPÍTULO I Sentada na areia branca, Lana Glenny se apoiou nos cotovelos e tombou a cabeça para trás, deixando que a brisa lhe acariciasse os cabelos. Respirou fundo, com esperança de que o perfume do mar lhe trouxesse paz ao coração. Mas nem o murmurar das ondas tocando a praia nem o sol manso do final da tarde a aliviaram. Cada nervo de seu corpo estava alerta. Tentando se libertar da angústia, concentrou-se na beleza agreste do lugar. O mar azul reluzia, refletindo os raios dourados do sol. No horizonte, onde o céu e o mar se beijavam, ficava a ilha Kapiti, cuja forma arredondada lembrava uma baleia. A uns duzentos metros à direita, uma colina de relva verde adentrava a praia até o mar. Aí as ondas eram violentas, jogando sua espuma sobre as pedras, num espetáculo lindo e constante. Do outro lado, a baía terminava numa curva longa, preguiçosa. Não havia ninguém por perto, embora a vida palpitasse em cada centímetro de areia. Por entre as folhas de gavieiro que rastejavam ...

ao longo, centenas de pequenos caranguejos esbranquiçados andavam de um lado para o outro, com seu ar engraçado, oblíquo. De quando em quando se escondiam em suas tocas. Outros voltavam à superfície, mas, desconfiados e precavidos, não se aventuravam antes de olhar bem para todos os lados. Com certeza, aqueles estranhos bichinhos eram mais espertos do que ela. Como podia ser tão irresponsável a ponto de se lançar numa viagem, cujas conseqüências não podia avaliar? Bem, agora era tarde demais para arrependimentos. A segurança de seu lar em Wellington estava a mais de cem quilômetros de distância. Tinha tomado uma decisão e, certa ou errada, teria de levá-la até o fim. Lana fechou os olhos. Para se manter calma, era preciso lembrar que ninguém ali a conhecia nem desconfiava de seus propósitos. Era uma estranha entre estranhos e isso facilitaria o trabalho de observação. Uma vez satisfeita à curiosidade, bastaria voltar para casa. Era simples. Então, por que tanto nervosismo? Sem se ajeitar, ergueu o corpo, apoiando a cabeça nos braços cruzados sobre os joelhos. Foi quando viu o homem ao longe, saltando entre as ondas tal qual um peixe. Estivera tão absorvida pelo próprio pensamento que nem o havia notado. Agora, porém, ele lhe prendia toda a atenção. Não só pelo bronzeado do corpo musculoso, como pela intimidade que mantinha com o mar. Era desenvolto, ágil, preciso em cada movimento. Mergulhava e voltava à tona, num bailado sensual, provocante. Não demorou para que o homem deixasse a água, o corpo salpicado de pequenas gotas, os cabelos negros puxados para trás. Usava um calção azul-marinho, que lhe esculpia as formas viris. Lana prendeu o fôlego, assustada com sua reação. Não estava ali em busca de casos amorosos. Ao contrário, precisava estar só para realizar seus planos. Tinha de ficar disponível vinte e quatro horas por dia, minuto a minuto. Porém, assim que percebeu o homem vindo em sua direção, sou¬be que ...

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