Livro: Um segredo do coração Página 2

... ¬chado porque. — Porque o quê? Porque sou muito mais velho do que você? Nicola revirou os olhos. — Não é essa a questão e sabe disso. — Talvez — disse, sem estar convencido. — Sou quase vinte anos mais velho do que você. — O seu corpo certamente não parece ser — mur¬murou. Não cessava de ficar pasma com a energia da¬quele homem na cama e fora dela. A moça balançou a cabeça. — Não vou deixar que a conversa gire em torno disso. Embora a eleição tenha terminado, ainda é o meu trabalho, como relações-públicas, fazer as melhores escolhas para você. E, confie em mim, eu seria o seu pior pesadelo. — Levei um bom tempo relacionando a palavra pesadelo a você, Nic — ele murmurou, deslizando os dedos pelo rosto da moça, em seguida pelo pescoço até chegar ao peito. O coração de Nicola batia forte diante da expressão de desejo no rosto do senador. A combinação da força e do desejo de Abe por Nic nunca fracassou em transformar os protestos dela em poeira. Era tão for¬te. Como poderia desejá-la tanto? Como ela poderia recusá-lo? Danforth fazia aquela moça sentir coisas que nunca imaginara ser capaz. Tentava revestir-se de coragem e ficar insensível ao senador, mas derre¬tia-se, e a resistência desaparecia. — Não gosta da forma como a toco? — perguntou, abaixando um dos dedos, olhando de relance um dos mamilos e fazendo-a estremecer. A moça mordeu um dos lábios. — Sabe que não é verdade — sussurrou. — Não gosta da forma como a beijo? — disse, abaixando a boca em direção à de Nic, mais uma vez, deixando-a tonta. Não é justo, o insignificante lado racional da moça queria chorar, mas todo o resto estava mergulhado naquele delicioso, decadente, proibido prazer de Abe. — Não gosta da forma como faço amor com você? — murmurou, falando contra a boca da moça en¬quanto deslizava as mãos pela cintura das calças e as abria. Essa era a hora de dizer não, uma voz tênue dentro dela a in ...

truía. O som do zíper abaixando misturava-se à respiração de ambos. Nicola sabia o que estava por vir se não o parasse. Sabia que o senador a tocaria e a faria sentir-se a mais bonita e sensual mulher do mundo. Abe a acariciaria gentilmente, prestando atenção às reações da srta. Granville. Guiaria as mãos de Nic por seu corpo, e permitiria que a moça o fizes¬se transpirar somente um pouco. Fazê-lo suar, entre¬tanto, só a deixou ainda mais quente e agitada até que o senador a tomou, mergulhando naquele corpo femi¬nino. — Quero você, Nicola — disse com uma voz rou¬ca, sexy, que tinha o mesmo efeito de uma carícia ín¬tima nos lugares secretos da moça. Praguejando mentalmente, Nic rendeu-se. Mais uma vez, disse a si mesma. Só mais uma vez. CAPÍTULO UM Duas linhas cor-de-rosa no teste de gravidez feito em casa. Duas linhas cor-de-rosa no segundo teste de gravi¬dez feito em casa. O pânico tomou conta da moça. Nicola não podia acreditar no que estava vendo. Cer¬tamente, não teve a última menstruação, mas nunca fora regular. E mais, estava com trinta e sete anos e todas as informações recentes sugeriam que a fertili¬dade de uma mulher começava a decair quando pas¬sava dos vinte e seis. A segunda regra também não viera e as náuseas que persistiam a deixaram nervosa o suficiente para fazer o teste de gravidez vendido na farmácia. Dentro do banheiro da enorme suíte em Crofthaven, por um momento, a moça fitava ambos os testes e os resulta¬dos eram positivos. Como podia ter sido tão estúpida? Não aprendeu a lição na primeira vez em que isso aconteceu? Nicola fechou os olhos diante do golpe da própria consciên¬cia, sem piedade. Emoções ressoavam como um vul¬cão que, durante anos, mantivera-se adormecido. Não podia deixar de lembrar-se de outra época da sua vida quando engravidara. Ninguém próximo parecera ser capaz de fitá-la. Os pais adotivos tinham sido completamente humilha¬dos. O namorado ...

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