Livro: Um sheik sedutor Página 2

... d correspondera às expectativas. Susan Hillyard chamou-lhe a atenção: — Você apostou em Firefly, Omar? Ele a fitou, perguntando-se se ela saberia a verdade. A segunda esposa de Drew Hillyard era uma loira magra e nervosa. Com todos os motivos para ser nervosa, Omar pensou mordazmente. — Nunca aposto, sra. Hillyard. E o desempenho que me interessa. Em todos os sentidos. Adoro ver meus cavalos cumprindo as tradições de suas linhagens. — Oh! — exclamou ela, torcendo nervosamente as mãos. A madrasta de Sarah. \\"Meu pai vai se casar novamente. Desde que minha mãe mudou-se para a Irlanda, estudo num colégio interno na Inglaterra. Assim fica mais fácil para mamãe me visitar. É o que ela diz. Nas férias de verão vou para a casa do papai.\\" Uma criança solitária, desiludida, com a vida e o mundo divididos por um divórcio. Omar gostaria de saber o que acontecera com ela, por onde ela andaria. Não por Flemington, com certeza. Procurara, curioso por descobrir a mulher na qual se transformara. Sentiu-se tentado a perguntar por ela. Porém, conteve-se. Uma demonstração de interesse, naquela altura, seria totalmente contra seus princípios. A menina Sarah era um pedaço do passado. Um passado que se encerraria naquele dia, caso Firefly fracassasse. Um ruído vindo da multidão indicou o início da corrida. Levantando-se, Omar ajustou o binóculo aos olhos. A voz do locutor ecoava pelo jóquei, transbordando entusiasmo. Omar concentrou sua atenção no cavalo que o levara até lá. Um magnífico garanhão que valeria seu peso em ouro, se vencesse. Firefly estava bem posicionado, correndo com uma graça e agilidade etéreas, que enchiam os olhos do público. Logo no início, assumiu a dianteira. Rápido demais, Omar pensou. Ainda mantinha a posição nos últimos cem metros. Então, o ritmo diminuiu, os outros cavalos ultrapassaram-no, deixando-o nos últimos lugares. Oitavo. Uma colocação respeitável entre vinte e dois concorrentes, as p ...

ssoas diriam. Menos Omar, que conhecia o cavalo e queria mais. — Ele ficou sem fôlego — Drew Hillyard disse, com o rosto pálido pelo desapontamento. — Ficou, sim — concordou Omar num tom frio, ciente de que um campeão bem treinado jamais ficaria sem fôlego. — Vou conversar com o jóquei. Você me acompanha? — Não. Quero trocar duas palavras com você depois da última corrida. — Ok. Drew e a esposa afastaram-se. Omar respirou aliviado, apesar do inevitável confronto que viria mais tarde. — Quer que eu resolva isso para você? A pergunta partiu do amigo, Peter Larsen. Omar e ele haviam estudado juntos em Eton e Oxford e entendiam-se perfeitamente. Fora Peter quem investigara o comportamento estranho do treinador. As evidências não deixavam dúvidas das razões que haviam por trás da incompetência óbvia. Drew Hillyard sacrificara a chance da Taça de Melbourne. Omar negou com um gesto de cabeça. Peter já o tirara de situações difíceis em inúmeras ocasiões, mas aquele não era um caso comum. — Fui tolo em permitir que as coisas chegassem a este ponto. Ele é meu, Peter. Um movimento discreto de cabeça denotava que Peter compreendera. Drew Hillyard traíra a confiança do sheik. Isso era um assunto pessoal. 5 CAPÍTULO II Sarah ajudou a irmã a deitar-se. Jessie desgastara-se com as emoções e desapontamentos do dia. A menina estava arrasada e Sarah esgotara todos os recursos nas tentativas de animá-la. Apesar do tempo que passara diante da televisão, antes e depois da transmissão da Taça de Melbourne, Jessie não vira o sheik. Esperava vê-lo de roupa branca, esvoaçante. Sarah explicara que provavelmente ele vestiria um terno, mas, na imaginação de Jessie, um sheik só seria realmente um sheik se usasse o jelbab, a tradicional roupa branca dos árabes. Para tristeza da menina, as câmeras de tevê não o haviam focalizado uma única vez sequer. E Firefly perdera ...

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