Livro: No paraiso dos seus braços
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... A Taste Of Eden Abra Taylor Tasha tinha que vencer suas mágoas e procurar Ben para pedir o divórcio. Sua noite de núpcias e suas velhas feridas estavam muito bem guardadas nos lugares mais secretos de seu coração. Naquele tempo, sete anos atrás, ela era jovem demais, não estava preparada para enfrentar aquele aventureiro que a abandonou no dia seguinte ao casamento. Mas nesses anos todos Tasha havia mudado muito. No entanto, quando Ben a raptou para uma ilha perdida, fazendo com que provasse o fruto afrodisíaco do Jardim do Éden, ela sentiu que ainda o amava. E Ben, que só queria vingança, fez com que Tasha conhecesse o inferno da paixão no paraíso dos seus braços! Digitalização: Nelma Revisão: Cassia LIVROS ABRIL Romances com Coração Caixa Postal 2372 — São Paulo Título original: “A taste of Eden” Copyright: © by Abra Taylor Publicado originalmente em 1982 pela Harlequin Books, Toronto, Canadá Tradução: Esther Motta Corrêa Copyright para a língua portuguesa: 1982 Abril S.A. Cultural e Industrial — São Paulo Composto e impresso em oficinas próprias CAPÍTULO I — Pelo amor de Deus, Tasha, cresça! — o fotógrafo Jon Lassiter desabafou, exasperado, olhando a alta e esguia manequim que posava para as fotos de moda. O cenário estava todo preparado: ao fundo, via-se um painel com uma vista de Stonehenge onde apareciam gigantescos edifícios com os topos entre as nuvens. Tudo parecia perfeito, exceto Tasha Craig. Ela dava a impressão de estar um tanto atordoada. Tasha sempre estava. Como a maioria das grandes manequins, ela tinha uma beleza toda especial. Nenhum de seus traços era benfeito, porém, quando se olhava para Tasha, ela era maravilhosa. Seus olhos, castanho-escuros, estavam constantemente arregalados, como que deslumbrados. Seus cabelos eram negros, longos e sedosos. O rosto afinava-se, delicadamente, abaixo das maçãs salientes. E a boca ...

arecia cheia de promessas. Sim, Lassiter pensou, Tasha tem tudo para fazer um bom trabalho. Pena que não consiga ser mais natural, e que fique aí com esse ar de não-me-toques. A foto exigia uma mistura de sofisticação e sensualidade. Sofisticação Tasha possuía de sobra. Mas a sensualidade é que estava difícil de botar para fora. Ela tinha acabado de se recusar a abaixar alguns centímetros do zíper de sua blusa, para exibir uma parte dos seios. Seus pudores deixavam Lassiter louco da vida, a ponto de fazer aquele desabafo. As palavras do fotógrafo feriram Tasha como tinham ferido há sete anos, quando Ben disse a mesma coisa. Não pense em Ben, Tasha repetia para si mesma. Não agora, não quando não está sozinha. Mesmo depois de tantos anos, a lembrança de Ben Craig, com quem havia se casado, mas que não era seu marido, ainda tinha o poder de feri-la. Ela se esforçava para não pensar nele. Escondia as velhas mágoas no lugar mais secreto do seu coração e só na solidão da noite elas apareciam. Por que Jon tinha que usar exatamente aquelas mesmas palavras, trazendo de volta as recordações amargas contra as quais ela se sentia tão impotente? Quem sabe se essas palavras não tivessem sido ditas naquele exato momento e precisamente daquele modo, nada do que veio depois teria acontecido. Se o fotógrafo usasse outro método para convencer Tasha a fazer o que queria, quem sabe a reação dela não seria outra? Mas ele havia falado. E era óbvio que seu desabafo só poderia provocar em Tasha uma resposta à altura. Ela inclinou a cabeça para trás, mostrando um traço de teimosia no lábio inferior e uma, certa dureza no olhar que, na verdade, encobriam seus sentimentos mais íntimos. Inconscientemente, fez uma pose mais desafiadora. — Me deixe tentar uma vez mais, Jon. Estou certa de que posso conseguir o efeito que deseja, sem mostrar meus seios. — Para uma manequim de alta moda, você é puritana demais — Lassiter grunhiu. Depois ...

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