Livro: Na Cama Com Um Milionário Página 2

... ados por larguísimas pestanas. É obvio, a família era de origem italiana. Como ia ser de outro modo, com nomes como Nic e Angelina Moretti? —Sou Serena, do salão de barbearia para mascotes Michelle. Ele franziu o cenho e escrutinou o rosto de Serena. Olhos azuis, nariz arrebitado, lábios generosos, uma pequena covinha no queixo e uns quantos mechas loiras soltas, escapando do acréscimo. A vista baixou depois para seu torso, de peitos altos, e para as calças curtas, que mostravam as largas pernas. Serena se sentiu de repente quase tão nua como ele, apesar de ir decentemente vestida. —Conheço-te? —seguiu perguntando ele. —Não! —exclamou Serena recordando de repente, e sofrendo um profundo shock. Não desejava que ele a reconhecesse. viram-se exatamente fazia um mês, um terrível mês durante o qual Serena se esforçou por deixar atrás uma crua experiência. Romper seu compromisso matrimonial com o Lyall, abandonar o trabalho, abandonar Sydney e refugiar-se em casa de sua irmã para topar de frente, de novo, com o arquiteto responsável por todas aquelas decisões. Serena começou a suar, ficou lívida pensando no injusto daquela situação. Apertou os punhos e reprimiu o desejo de gritar. Mas o sentido comum seguia insistindo em que a culpa não era do Nic Moretti. Ele, simplesmente, tinha sido o instrumento graças ao qual Serena tinha visto a realidade de seu futuro matrimônio de conto de fadas. Ele era o homem com o que Lyall tinha estado falando aquela noite na festa, o homem que tanto se surpreendeu de saber que o rico e novo proprietário, Lyall Duncan, tinha eleito por algema a uma mulher inferior a ele, uma cabeleireira. Serena tinha ouvido a resposta do Lyall, e essa resposta lhe tinha tirado as cores e tinha quebrado para sempre com seu sonho. Mas aquele homem também a tinha ouvido, e a humilhação que isso lhe produzia a obrigava a adotar uma atitude defensiva. —Eu não te conheço. —continuou Serena, mentindo. —Nic M ...

retti. —. .assim não vejo como vais conhecer me você —concluiu ela. viram-se na festa do Lyall, mas ninguém os tinha apresentado. Aquela noite, Serena se tinha vestido e maquiado para representar seu papel, e seu aspecto tinha sido muito distinto do dessa manhã, mais natural. Era impossível que a reconhecesse, mas apesar da negativa de Serena ele seguia franzindo o cenho, tratando de recordar. —vim a recolher ao Cleo —afirmou Serena desejosa de escapar dali. —Cleo —repetiu ele, ainda confuso. —A cadela. de repente o formoso rosto do arquiteto se esclareceu, desvanecendo a expressão de confusão e deixando a um lado o inútil esforço por recordar o semblante de Serena. —Refere-te ao monstro, suponho —respondeu ele em tom depreciativo. Se antes estava pálida, de repente Serena ficou tinta de ira. Impossível resistir à tentação de responder com uma boa dose de condescendência a um homem tão esnobe. Tinha que lhe dar a provar sua própria medicina. —Jamais me ocorreria chamar monstro a uma doce terrier. —Doce? —exclamou o arquiteto alargando um braço e ensinando as marcas de dentes da cadela—. Olhe o que me tem feito! —Mmm. —murmurou Serena sem nenhuma compaixão por ele, felicitando em silencio à cadela por morder a um homem que, sem dúvida, merecia-o— isso me faz me perguntar. o que tem feito você a ela? —Nada, simplesmente tratava de resgatar a essa odiosa criatura. —Resgatar a do que? —Uma amiga minha a deixou sobre o tobogã da piscina. A cadela caiu à água, estava aterrada. Eu nadei para ela tratando de salvá-la Y. —Os cães sabem nadar, sabe? —Sei —respondeu o arquiteto de mau humor—, fiz-o instintivamente, sem pensar. —Pois ela também deveu te morder instintivamente, sem pensar. Escorregar por um tobogã deveu aterrorizá-la. —Só pretendia divertir-se um pouco. —Algumas pessoas têm uma estranha idéia da diversão —observou Serena. —Mas eu sozinho queria de salv� ...

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