Livro: O homem que veio de longe
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... Regan bem que tentava. Mas não era fácil conquistar Bart, aquele homem maravilhoso que a via como uma criança mimada! Bartram. que nome ridículo!, pensou Regan com desdém quando soube que um primo distante estava vindo da Austrália para passar uns tempos na fazenda deles, no Canadá. Podia até imaginá-lo: baixinho, mío¬pe e usando óculos de lentes bem grossas. Mas Bart Kingman che-gou. e Regan teve de engolir tudo o que havia pensado. Ele era atraente, másculo, irresistível e em menos de um mês, ela o amava mais que a tudo no mundo. Infelizmente, o mes¬mo não aconteceu com Bart, que não fez segredo do que achava dela: uma garota insensata, mimada e egoísta. Que fazer para que ele perdoasse suas falhas e a amasse também? Digitalização: Simoninha Revisão: Edith Suli Formatação: Cris Paiva Copyright: ELIZABETH GRAHAM Título originai: "MAN FROM DOWN UNDER" Publicado originalmente em 1979 pela Mills & Boon Ltd., Londres, Inglaterra Tradução: LOU PEREIRA DE QUEIROZ Copyright para a língua portuguesa: 1979 ABRIL S.A. CULTURAL E INDUSTRIAL — SÃO PAULO Composto e impresso nas oficinas da ABRIL S.A. CULTURAL E INDUSTRIAL Caixa Postal 2372 — São Paulo Foto da capa: ERIC BACH CAPITULO I Relembrando, agora, parecia estranho a Regan que não tivesse tido, na ocasião, a mais leve suspeita das mudanças que ocorreriam em sua vida quando, naquela calma manhã de abril, sua mãe levantou os olhos da carta que tinha em mãos e disse calmamente: — Vamos ter uma visita da Austrália no próximo verão. — Austrália? — repetiu Regan, fitando-a sem entender. — Mas não conhecemos ninguém de lá! Por que desejaria alguém de tão longe passar o verão conosco, aqui no Canadá? — Você está se esquecendo de minha prima Edna, que mora lá. — Hester Taylor falou distraidamente e depois se dirigiu para o outro lado da mesa oval da sala de jantar, olhando o marido: — Phil, é o filho de Edna. Estão pensan ...

o em ampliar sua criação de gado e ele virá para ver como fazemos por aqui. Pelo menos é ó que Edna diz — voltou a olhar a carta que tinha nas mãos e leu: "Você men¬cionou em sua carta, por ocasião do Natal, que estavam tendo muito sucesso com o novo sistema de criação e Bartram está ansioso para ver com seus próprios olhos os resultados obtidos, visando nosso apri¬moramento aqui". — Bartram! — Regan largou a xícara de café, seus olhos brilhando divertidos. — Meu Deus! Que nome! — Regan, eu gostaria que mostrasse melhor aproveitamento do dinheiro que gastamos anualmente em sua educação no melhor colégio daqui! — replicou a mãe, daquele jeito que tanto Regan quanto seu irmão Russ costumavam chamar de "maneira sofisticada". Hester Tay¬lor sempre fora assim, mesmo antes de seu casamento. — Desculpe, mamãe — disse Regan, escondendo o riso por trás do guardanapo. — Mas mesmo você tem que admitir que Bartram é um nome engraçado e incomum! — Acontece que este nome é um orgulho e uma tradição na família há muitos anos. Seu pai, seu avô e possivelmente seu bisavô já o usavam — continuou Hester com ar de reprovação. — Agora chega, Regan — disse seu pai interrompendo a observa¬ção que ela já estava pronta para fazer. Mas a expressão caçoísta de seus olhos e o ligeiro franzir da testa indicavam que estava se diver¬tindo tanto quanto ela. Muito sério, virou-se para a esposa: — Por mim, está tudo bem, querida, se você quer recebê-lo aqui. Sabe perfei-tamente que faremos tudo para ajudá-lo no que for preciso. Hester sorriu-lhe agradecida, com sua beleza calma e repousante, ligeiramente marcada pela passagem dos anos: — Tinha certeza de que diria isso, querido. Nunca quis preocupá-lo, especialmente quando você não se sente bem, mas tenho pena de Edna e de sua família. As coisas não têm corrido bem para eles ultimamente. Sei pelas cartas de Natal que chegam a cada ano. A terra lá é árid ...

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