Livro: Sob o luar de Istambul
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... The Crescent Moon Elisabeth Hunter Madeleine tinha ido à Turquia — sem falar uma palavra de turco — como secretária da autoritária Ursula Adeney, que estava à procura de seu cunhado. Só que Ursula era um tipo impulsivo e, quando desapare¬ceu com um "amigo" deixou a pobre Madeleine desabrigada, com a roupa do corpo. Ela só conhecia uma pes¬soa em Istambul, Maruk Bey, mas não sabia como encontrá-lo. Sabia que ele a tinha chamado de "morena misteriosa, muito, muito bonita". Sa¬bia também que ele costumava dizer isso a todas as mulheres, que era um lobo e que não fazia a menor questão de se disfarçar de cordeiro. Madelei¬ne estava desesperada. Poderia con¬tar com um homem desses? Digitalização: Vicky B. Revisão: Crysty Copyright: ELIZABETH HUNTER Título original: "THE CRESCENT MOON" Publicado originalmente em 1973 pela Mills & Boon Ltd., Londres, Inglaterra. Tradução: DIANE BERGMANN Copyright para a língua portuguesa: 1979 Abril S. A. Cultural e Industrial, São Paulo. Composto e impresso nas Oficinas da Abril S. A. Cultural e Industrial, São Paulo. Caixa Postal 2372 — São Paulo Foto da capa: TRANSWORLD CAPÍTULO I Madeleine Carvill soltou um grande suspiro de alívio e pensou o quanto era sortuda. Era a primeira vez, desde que chegara a Istam¬bul, que isso lhe vinha à cabeça. Mas também era a primeira vez que conseguira escapar de sua chefe por algumas horas. Não que não gostasse de Ursula Adeney. Na realidade, sentia um pouco de pena dela. Era jovem e bonita, jovem demais para ter enviuvado e ser res¬ponsável pela editora em rápida expansão que anteriormente per¬tencera a seu marido. Se ocorriam atritos entre as duas, Madeleine atribuía isso ao fato de a sra. Adeney ser americana. Alguns desen¬tendimentos engraçados surgiam do nada, devido à língua comum às duas, que, repentinamente, se dividia em sentido, desastrosamen¬te. Por exemplo, a palavra "junta". Para Ma ...

eleine, significava um pedaço de carne; para a sra. Adeney, era hotel onde estavam hospe¬dadas. "Velha junta bolorenta!", havia dito. E Madeleine expres¬sara surpresa, pois sua comida tinha sido preparada e servida com perfeição. Na realidade, Madeleine achava que o hotel era até bas¬tante fino, mas, também, nunca tivera muito dinheiro, e a sra. Ursu¬la Adeney era de fato uma mulher muito rica. Madeleine não estava muito certa do que faziam na Turquia. A sra. Adeney estivera visitando Londres quando a decisão fora toma¬da, e tivera uma comoção súbita no escritório de Londres das Publi¬cações Adeney, enquanto faziam as reservas e compravam os bilhe¬tes aéreos de primeira classe, que a sra. Adeney exigira que fossem conseguidos da noite para o dia. Fora o gerente de Londres que disse¬ra que a sra. Adeney devia levar alguém com ela. Dissera-o com mui¬to tato, pelo menos era o que as fofocas no escritório contavam. A sra. Adeney poderia sentir-se inclinada a fazer alguns artigos para o grupo enquanto estivesse fora, não? Portanto, a sra. Adeney tinha que ter uma secretária, caso ficasse inspirada durante sua estada em Istambul, Mesmo assim, Madeleine ficara surpresa, quando fora es¬colhida para acompanhar a sra. Adeney. Pensava que o gerente de Londres escolheria uma pessoa mais velha. Alguém que, na realida¬de, pudesse exercer algum controle sobre os caprichos impulsivos da rica e bela sra. Adeney. Não havia dúvida de que Madeleine ficaria temerosa ao fazer isso. Qualquer pensamento que pudesse ter tido naquela direção havia murchado e morrido no seu primeiro encontro. — Onde a encontraram? — perguntara a sra. Adeney, a postura demonstrando sua hostilidade imediata com a moça mais jovem. Madeleine ficara parada, sem conseguir proferir uma palavra, perguntando a si mesma se sua aparência não era a responsável pela pergunta da sra. Adeney. Ela era miúda e morena, com a pele cor de mel, que lhe dava uma aparência lisa, verd ...

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