Livro: Corações em Fogo
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... DeLoras Scott Resumo: Ela assaltava diligências e roubava o coração dos homens! “Desçam todos! É um assalto!” Apavorados, os integrantes da diligência obedeeram a voz comando. Depararam com um garoto de arma em punho e a frieza de quem não deixa dúvidas quanto à habilidade de cometer um crime. “Esse delinqüente vai me pagar!” jurou Bruce Falkner. Nunca na vida imaginaria que um homem de seu porte e poder pudesse ser subjugado por um menino. Menos ainda que as vestes rudes, masculinas, ocultassem uma jovem e impetuosa mulher. Danielle Jamenson crescera entre hábeis pistoleiros sob o sol implacável do Oeste. Era tentadora, selvagem, perigosa! Capítulo I “Que dia lindo.”, pensou Jed Turner, ao dirigir a montaria ao longo do leito seco de um riacho. O sol brilhava magnífico e o céu limpo lembrava o azul de centáureas. Até a nova roupagem dos cactos era digna de admiração. Um sor¬riso largo distendeu-lhe as faces de pele bronzeada. — Por Deus, depois de quarenta anos, acertei em cheio e, finalmente, consegui minha própria mina de prata! — exclamou, exultante. De repente, o silêncio e a paz envolventes foram quebrados por estridentes brados de guerra. Jed pren¬sou os calcanhares nas ilhargas do cavalo, incitando-o a subir a margem rochosa do riacho. Na planície logo abaixo, três apaches montados em pôneis pintados ro¬deavam um solitário carroção coberto. — Com todos os diabos, o que faz alguém neste fim de mundo? — perguntou-se Jed, admirado e em voz alta. O sangue gelou-lhe nas veias, ao ver uma mulher jovem sair do interior do carroção e dirigir-se a um homem caído, imóvel na terra. Duas flechas, enfeitadas com penas, cruzavam-se com as pontas enterradas nas costas do rapaz. Na camisa azul havia uma enorme mancha vermelha. Jed levantou a nova espingarda Henry, porém, antes de poder atirar, um dos selvagens enterrou a lança no corpo da moça e ergueu-a no ar — como se não passasse de uma bo ...

eca de pano. Jed puxou o gatilho. O apache caiu da montaria, junto ao corpo inerte da mulher. Ouvindo o estampido, os outros dois índios viraram os animais e, furiosos, vieram-lhe ao encontro. Jed sen¬tiu as mãos começarem a tremer e a transpiração a anuviar-lhe a visão, enquanto mirava o cano da arma para os rostos grotescos pintados com as cores de guer¬ra. Os dois índios separaram-se, os cavalos diminuindo rapidamente a distância. Quando o primeiro levantou a lança, Jed atirou, e o apache caiu ao chão. Depressa, virou a espingarda para a esquerda e, mais uma vez, apertou o gatilho acertando o último índio no peito. O silêncio repentino era tenebroso. Tudo ocorrera em questão de minutos. Jed enxugou a testa, respirou fundo e desmontou. Após verificar se os três apaches estavam mortos, ele levou o cavalo até o carroção e o amarrou atrás. Contemplou o jovem casal por um momento e, então, enrolou as mangas da camisa de brim cinza. . Pouco se importava com os selvagens, porém não deixaria aque¬les dois entregues à voracidade dos abutres. Apanhou uma pá presa ao lado do carroção, afastou-se uns pas¬sos e começou a cavar a sepultura. Terminado o trabalho pesado e triste, Jed sentia-se morto de calor e de sede. Voltou ao carroção e retirou a coberta do barril de água. Nesse instante, ouviu um leve ruído vindo do interior do veículo. Agarrou de¬pressa a garrucha de seis tiros e entrou. O barulho vinha do canto mais afastado, onde havia uma pilha de acolchoados. Pé ante pé, e com a arma empunhada, foi até bem perto e, num gesto rápido, afastou as co¬bertas o fitou com os olhos castanho-claros cheios de medo. Atônito, Jed sentiu-se furioso consigo mesmo. Com a rapidez dos acontecimentos, não lhe passara pela cabeça a possibilidade de haver alguém mais no carroção. — Quero minha mãe — choramingou a criança. — Como você se chama, meu bem? — perguntou Jed, com suavidade. — Danielle Louise. Onde estão meu p ...

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