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Vesperal
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Vesperal

Livro: Vesperal Página 3

Autor - Fonte: COELHO NETTO

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... a nascer e a estimava, ainda que lhe conhecesse o fundo do coração, levou-a á presença de Zeus. Pasmou o olympico deslumbrado com a belleza da donzella e dísse, ameigando-a no rosto : — E\' linda! E lembra, nas feições do rosto e no donaire, a mísera que deu a vida por ella. Que nome tem? — Ainda nenhum, disse Hermes. Lembra a mãi nas feições do rosto e no donaire, a alma, porém é do pai e ainda aperfeiçoada pela da que lhe deu o leite da vida. O que 18 VESPERAL ha nella da Verdade é somente a apparencia. — E que nome propôes, tu que a conheces? — Eu lembraria o que, a meu ver, mais lhe convem — Hypocrisia. — Pois seja, concordou Zeus, e que viva! — Ha de viver e será eterna, affirmou Hermes. E foi com tal nome que appareceu e triumphou na vida a filha da Verdade. 19 Palavras Entrara um philosopho no Areópago e, ouvindo dizer que occupava a tribuna um dos mais eloqüentes oradores, perguntou: — Desde quando ? — Ha duas horas que fala e, pelas notas que tem diante de si, creio que ainda falará outras tantas. — Sendo assim deixo-me ficar onde estou, porque, sempre que posso, evito a podridão. Como o outro não comprehendesse a replica o philosopho explicou : — Discursos políticos são sempre terra : ou de vida ou de morte — vão á semente ou correm á carniça. 21 COELHO NETTO Com um punhado de terra faz o lavrador um leito de fecundidade para o que planta, mas para esconder uma putrilagem, de modo que não tresande, são necessárias carradas e ainda cal mordente e uma pedra em cima. Se ha vida no que se pleitêa poucas palavras bastam para impor a razão. Discursos de horas com allegados e textos, exemplos, similes e comparações, muito acarreto e tropos são demais para sementes vivas. Se vires um homem aforçurando-se em cobrir com muita terra e pedras alguma coisa, evita-o com desconfiança, porque se não for criminoso será louco, salvo se for coveiro de offic ...
o, porque então estará a fazer o que deve 22 A arvore dos pobres Quando a mulher voltou a si, entre os pescadores que a retiraram do lago, um d\'elles, justamente o que a agarrara pelos, cabellos e a içara ao barco, disse reconhecendo- a : — E\' a mendiga de Gerasa. Com esta é a segunda vez que se deita a afogar. Como a infeliz estava quasi nua via-selhe no peito, tanado e ossudo, uma larga e funda ferida que, em fúria de morte, ella abrira e esborcinara. Jesus, que se achava entre os discípulos, chegou-se á misera, compoz-lhe a nudez macilenta e, sentando-se na mesma pedra em que a haviam encostado, tomou-lhe a mão 23 COELHO NETTO gélida e engelhada e, docemente, interrogou-a: — Por que buscas a morte? Retrahiu-se a coitada e, commovida com o som daquella voz, que lhe chegava ao coração, respondeu humildemente, do fundo do seu vexame: — E de que me serve a mim a vida? A morte é somno e é bom dormir. O sol abreme a chaga da angustia. Ai! de mim. As aves e os bichos molles, que rastream visco, fartam-se nas vinhas e nas searas maduras; só eu não acho migalha e, se entro em campo restolhado, sahem-me em cima os donos e açulam cães contra mim. De que me serve a vida? A minha casa é um sepulcro e a terra, em volta, é tão secca que nella nem o cardo vinga: lisa, reluz ao sol e, as chuvas escorrem por ella como as torrentes nas pedras. De que me serve a vida? Deixai-me acabar que não faço falta a ninguém. Será uma sombra de menos na terra. Então Jesus, que a ouvira compadecido, falou misericordioso: — Se não trouxesses os olhos sempre de rastros, como aves feridas, verias o que ha no céu. O olhar que se eleva contempla; o 24 VÉSPERAL olhar que se abaixa não vê mais que túmulos. Se levantasses a vista andarias na vida como o que corre os mares guiando-se pelas estrellas. O olhar é um vôo. O infinito tem horizontes: a noite é um, a morte é outro. O alem da noite, é o dia; o alem ...

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