Warning: Undefined global variable $_SESSION in /home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/inc.iconnect.php on line 18

Warning: Trying to access array offset on value of type null in /home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/inc.iconnect.php on line 18

Warning: Undefined array key "exibir" in /home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/inc.iconnect.php on line 24

Warning: Undefined array key "membro" in /home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/livro.php on line 19

Warning: Undefined array key "ver" in /home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/livro.php on line 23

Warning: Undefined variable $testa_titulo in /home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/livro.php on line 65
Caramuru poema épico do descobrimento da Bahia
You are using an outdated browser. For a faster, safer browsing experience, upgrade for free today.
<br />
<b>Warning</b>:  Undefined variable $legenda in <b>/home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/livro.php</b> on line <b>144</b><br />
Caramuru poema épico do descobrimento da Bahia

Livro: Caramuru poema épico do descobrimento da Bahia Página 2

Autor - Fonte: Santa Rita Durão

Anterior 2 / 66 Próxima
... erece-lhes um socorro fementido Bárbara multidão, que acode ao brado: E ao ver na praia o Benfeitor fingido, Rende-lhe as mãos o náufrago enganado: Tristes! que a ver algum, qual fim o espera Com quanta sede a morte não bebera! XIV Já estava em terra o infausto naufragante, Rodeado da turba Americana; Vêm-se com pasmo; ao porem-se diante, E uns aos outros não crêem da espécie humana: Os cabelos, a cor, barba e semblante Faziam crer àquela Gente insana, Que alguma espécie de animal seria Desses, que no seu seio o mar trazia. XV Algum chegando aos míseros, que a areia O mar arroja extintos, nota o vulto; Ora o tenta despir, e ora receia Não seja astúcia, com que o assalte oculto. Outros do Jacaré tomando a idéia Temem que acorde com violento insulto; Ou que o sono fingindo os arrebate, E entre as presas cruéis no fundo os mate. XVI Mas vendo a Sancho, um náufrago que expira, Rota a cabeça numa penha aguda, Que ia trêmulo a erguer-se, e que caíra, Que com voz lastimosa implora ajuda: E vendo os olhos, que ele em branco vira; Cadavérica a face, a boca muda, Pela experiência da comum sorte Reconhecem também que aquilo é morte. 5 5 XVII Correm depois de crê-lo ao pasto horrendo; E retalhando o corpo em mil pedaços, Vai cada um famélico trazendo, Qual um pé, qual a mão, qual outro os braços: Outros da crua carne iam comendo; Tanto na infame gula eram devassos: Tais há, que as assam nos ardentes fossos, Alguns torrando estão na chama os ossos. XVIII Que horror da Humanidade! ver tragada Da própria espécie a carne já corrupta! Quanto não deve a Europa abençoada A Fé do Redentor, que humilde escuta? Não era aquela infâmia praticada Só dessa gente miseranda, e bruta; Roma, e Cartago o sabe no noturno Horrível sacrifício de Saturno. XIX Os sete em tanto, que do mar com vida Chegaram a tocar na infame areia, Pasmam de ver na turba recrescida A brutal catadura, hórrida, e feia: ...
A cor vermelha em si, mostram tingida De outra cor diferente, que os afeia; Pedras, e paus de embiras enfiados, Que na face, e nariz trazem furados. XX Na boca em carne humana ensangüentada Anda o beiço inferior todo caído; Porque a tem toda em roda esburacada, E o labro de vis pedras embutido: Os dentes (que é beleza que lhe agrada) Um sobre outro desponta recrescido: Nem se lhe vê nascer na barba o pêlo, Chata a cara, e nariz, rijo o cabelo. 6 6 XXI Vê-se no sexo recatado o pejo, Sem mais que a antiga gala que Eva usava, Quando por pena de um voraz desejo Da feia a desnudez se envergonhava: Vão sem pudor com bárbaro despejo Os homens, como Adão sem culpa andava; Mas vê-se, alma Natura, o que lhe ordenas; Porque no sacrifício usam de penas. XXII Qual das belas Araras traz vistosas Louras, brancas, purpúreas, verdes plumas: Outros põem, como túnicas lustrosas, Um verniz de balsâmicas escumas: Nem temem nele as chuvas procelosas, Nem o frio rigor de ásperas brumas; Nem se receiam do mordaz besouro, Qual Anta, ou qual Tatu dentro em seu couro. XXIII Por armas, frechas, arcos, pedras, bestas; A espada do pau-ferro, e por escudo As redes de algodão nada molestas, Onde a ponta se embace ao dardo agudo: Por capacete nas guerreiras testas Cintos de penas com galhardo estudo; Mas o vulgo no bélico ameaço Não tem mais que unha ou dente, ou punho ou braço. XXIV Desta arte armada a multidão confusa Investe o naufragante enfraquecido, Que ao ver-se despojar, nada recusa; Porque se enxugue o mádido vestido: Tanto mais pelo mimo, que se lhe usa, Quando a bárbara gente o vê rendido: Trouxeram-lhe a batata, o coco, o inhame; Mas o que crêem piedade é gula infame. 7 7 XXV Cevavam desta forma os desditosos Das fadigas marítimas desfeitos; Por pingues ter os pastos horrorosos, Sendo nas carnes míseras refeitos: Feras! mas feras não, que mais monstruosos São da nossa alma os bárbaros efeitos; ...

Anterior 3 / 66 Próxima

Warning: Undefined global variable $_POST in /home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/livro.php on line 252
Comentários:

Warning: Undefined global variable $_POST in /home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/livro.php on line 258

Warning: Trying to access array offset on value of type null in /home4/mult6346/multiajudaromances.com.br/livro.php on line 258
Deixe aqui seu comentário sobre este livro:
Nome:
Comentário: