Livro: Adorável Orgulhosa Página 3

... mbou. — Apenas quando eu era criança. Não gostei naquela ocasião, e também não gosto agora. Novamente ele sorriu, e ela sentiu sua respiração enquanto era enlaçada com mais firmeza. — Vejo que você tem um temperamento que combina com seus cabelos, Debra McLeod. — Ele se afastou um pouco para fitá-la nos olhos. — Não fique tão indignada. Poderia ser pior. E se eu a chamasse de "Pintadinha"? — Debra é suficiente. Ou melhor, srta. McLeod. O sorriso dele se alargou, evidenciando as linhas ao redor de sua boca. — Pode me chamar de Clint, srta. McLeod. Só que você não demonstrou nenhuma curiosidade quanto ao meu nome. Isso é uma ofensa para o meu ego. Os lábios de Debra também se abriram num sorriso forçado quando ela sentiu o impacto do sorriso largo. — Eu diria que seu ego é muito saudável. Uma ligeira contrariedade não deveria afetá-lo nem um pouco. — Ora, que vergonha, srta McLeod. — Ele ergueu seu queixo sem soltar-lhe a mão. — Conserve esse brilho nos olhos. Tive receio que você fosse se desmanchar em lágrimas ali — e inclinou a cabeça na direção da mesa onde estiveram sentados. — Não posso ver uma mulher em prantos. Faz com que me sinta um fraco. — Você estava enganado — ela afirmou secamente. Ele sorriu. — Se é você que está dizendo. Que inferno! Ele só estava se divertindo e deixando-a embaraçada. Mas não permitiria que ele soubesse disso. — Um fraco, você? — discordou com voz sarcástica que imitava a dele. — Não acredito. — Mas eu sou, Ruivi. — ele percebeu o olhar contrariado. — Debra — corrigiu, com uma reverência. — Espere até me conhecer melhor. Enquanto isso, mantenha aquele sorriso. Você é muito bonita para ficar deprimida. — Eu não estou deprimida. E além do mais, não vou conhecê-lo melhor. O braço de Clint apertou-a pelas costas. Ela abaixou a cabeça quando os olhos dele fitaram-na com firmeza, primeiro analisando sua boca, em seguid ...

examinando seus seios, visíveis através do decote em "V" da blusa de seda. Devido à própria altura, ele podia enxergar mais do que ela gostaria que fosse possível. O fato de que ele estava admirando o que via deixou-a totalmente atrapalhada. Aquela extrema segurança aumentou sua irritação. Com má vontade, reconheceu que a atitude de Brian abalara sua autoconfiança. Dançaria apenas aquela seleção e iria embora. Nunca mais veria esse homem depois desta festa. Suas emoções estavam muito confusas. Não tinha a menor disposição para lidar com um homem impertinente. Aos poucos foi sentindo conforto entre aqueles braços fortes e as mãos hábeis sobre sua roupa de seda fina. Precisava do maior autodomínio naquele momento, embora detestasse admitir isso até para si mesma. Os elogios de Clint faziam com que se sentisse melhor, provando que ficara mesmo confusa: num segundo condenava o atrevimento daquele homem e, em seguida, apreciava seu aconchego. Debra se esmerou para esse casamento. Um pouco de blush e de batom vermelho diminuíram sua palidez. E o vestido fora além da expectativa. Escolhera um verde-esmeralda, que à primeira vista lhe parecera muito simples, mas que assentou maravilhosamente em seu corpo esbelto. Ele lhe dava o necessário ar de sofisticação sem ser extravagante. Além disso, ela adorou a sensação do tecido sedoso e macio, na verdade um luxo que não poderia se dar com freqüência. Nessa tarde precisava ter certeza de que estava bem vestida. Precisava do apoio de todos os recursos para passar pela agonia de ver Brian se casar com outra mulher. A dor que sentiu interiormente fez com que se aproximasse um pouco mais do homem que a envolvia. Não conseguiu deixar de olhar por cima dos ombros de Clint e ver a cabeça morena de Brian num dos cantos do salão. — Felicitando os recém-casados ou apenas paquerando o noivo? — ele perguntou com voz gelada. Ela respirou fundo. — Como você ousa. — Você não pode negar ...

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