Livro: Adorável Orgulhosa
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... Stranger at the wedding Joan Mary Hart Copyright © 1989 by Joan Mary Hart Originalmente publicado em 1989 pela Silhouette Books, Divisão da Harlequin Enterprises Limited Título original: Stranger at the wedding Tradução: Nara Chuffi Barros Copyright para a língua portuguesa: 1991 EDITORA NOVA CULTURAL LTDA. Ele faria qualquer coisa para alcançar o coração dessa mulher. Engolindo a dor e a mágoa por ter sido abandonada, Debra decidiu manter a cabeça erguida e comparecer ao casamento do ex-noivo. Na igreja, tentando segurar o pranto, ficou conhecendo Clint Rasmussen, um homem charmoso e sensual. Envolvida, Debra se esqueceu por momentos da humilhação de ser passada para trás. Clint, porém, tinha um motivo secreto para querer conquistá-la. Motivo que a impetuosa Debra só iria descobrir tarde demais! Digitalização: Andreza. Revisão: Edith Suli. CAPÍTULO I Imensas bandejas de prata com orquídeas brancas e lilases rodeadas por aromáticas flores de laranjeira atraíam os olhos de Debra, enquanto o brinde aos noivos ecoava pelo salão de festas. O sol de junho penetrava através das cortinas finas daquele hotel à beira-mar no sul da Califórnia, mas mesmo assim ela se arrepiou toda. Decidida a demonstrar total despreocupação, tomou o tradicional gole de champanhe, e teve de controlar um acesso de tosse provocado pelo sabor agridoce da bebida. Ninguém deveria conhecer seus verdadeiros sentimentos em relação ao casamento de Brian Hayward com Laurie Rasmussen. Caso contrário, todo aquele sacrifício teria sido em vão. Entretanto, seus lábios tremiam. — Foi horrível o modo como Brian a trocou pela filha do patrão. Oh! O comentário piedoso ressoou dentro do silêncio logo após a euforia do brinde, no outro lado da mesa onde Debra se encontrava. Atordoada, sentiu que empalidecera e instintivamente ignorou os olhares curiosos que com certeza foram lançados sobre ela. Ergueu o queixo, permitindo que o orgulho disfar ...

�asse a humilhação. Ondas do cabelo ruivo caíam sobre seus ombros enquanto fingia que aquelas palavras não lhe diziam respeito. Suspirou aliviada quando o burburinho recomeçou entre as pessoas da mesa. Parecia que todos queriam quebrar aquele embaraçoso silêncio. Então era isso que pensavam? Que ela havia sido desprezada? O choque daquele comentário secou seus olhos, que se apresentavam úmidos contra sua vontade. O homem que pouco antes sentara a seu lado fitava-a com insistência. Debra conservou-se rígida, sem olhar nem para a direita nem para a esquerda, evitando principalmente a direção de Kate, a garota que fizera aquela lamentável observação. Ela deveria estar envergonhada, mas como suas palavras machucavam! Mantenha sempre a cabeça erguida, Debra. Lembre-se que é filha de um marinheiro! A voz de seu adorado pai viera-lhe à mente quando ela recordava seu último conselho antes do fatal regresso ao Vietnã. Mesmo depois de todos esses anos, os princípios que ele lhe incutira davam-lhe força e confiança. Respirou devagar e colocou a taça sobre a mesa. Então viu, horrorizada, que seus dedos trêmulos derramaram um pouco de champanhe sobre a toalha branca adamascada. Totalmente confusa, percebeu apenas que o homem ao lado se inclinava em sua direção. — Você está bem? — uma voz estranha e profunda perguntou com calma. Enquanto tentava enxugar a toalha com o guardanapo, ela virou o rosto para encará-lo. Era uma atitude simpática, mas naquele exato momento Debra preferia que ninguém tivesse percebido sua falta de jeito. — Sim, estou bem, obrigada — respondeu. Seus olhos verdes observaram apenas os ombros largos cobertos por um terno cinzento antes de largar o guardanapo sobre a mesa e desviar o rosto. — Não parece. Que você está bem, quero dizer. Por um segundo Debra não acreditou nas palavras que acabava de ouvir. O sangue subiu-lhe às faces diante dessa frase deliberadamente fria. — Como disse? — ...

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