Livro: Apuros com um bebê Página 2

... proveitar a experiência para o dia em que resolvesse se tornar pai. — Eu vou conseguir. — Oh, muito obrigada! Você não sabe quanto isso sig¬nifica para mim e para Holt. — Ei, para que servem os irmãos? — Ele brincou com o queixo da irmã, olhando outra vez para a criança. — Só espero que Molly e eu consigamos sobreviver. — Não seja tolo — Anne repreendeu-o carinhosamente. — Você sempre foi maravilhoso com ela. Molly sorriu, como se concordasse com a mãe. — Eu trouxe roupas, mamadeira, chupetas e o andador. Não sei se me esqueci de alguma coisa por causa da pressa. Saí tão rápido de casa que acho que acabei me esquecendo de ligar o alarme. — Não se preocupe — Clay tranqüilizou-a. — Vou cuidar de tudo isso. — Escrevi uma lista dos cuidados diários com Molly, e coloquei o nome do pediatra dela, caso aconteça alguma coisa. — Retirou um pedaço de papel da bolsa e passou-o a Clay. Ainda aturdido por ter que assumir aquela responsabi¬lidade, ele simplesmente assentiu. Olhou novamente para a sobrinha. A menina vestia uma roupinha cor-de-rosa e sorriu como um anjo. Bem, já ficara com ela no colo algumas vezes, no passado, mas nunca por mais de alguns minutos. O pensamento fez com que engolisse em seco. — Não se preocupe. — Anne segurou-o afetuosamente pelo braço, beijando-o no rosto. — Vai se sair muito bem. Confio completamente em você. — Ligue-me assim que chegar lá — ele pediu. — Claro que sim. — Anne abaixou a cabeça e encarou a filha. — Até logo, amorzinho. Seja uma boa menina com o tio Clay. Mamãe te ama, viu? — Em seguida, beijou a menina efusivamente. — Clay, você é o melhor irmão do mundo. Colocou a chave da própria casa nas mãos dele, que apanhou a menina no colo de forma um tanto desajeitada e acompanhou-a até a porta. Do outro lado da rua, estava estacionado o carro de luxo de Anne. Clay a ajudou a retirar as coisas de Molly do porta-malas, colocando-as na calçada. — ...

aça uma boa viagem. Anne beijou os dois outra vez e entrou no carro. Em seguida colocou os óculos escuros e ligou o motor. Clay não pôde deixar de notar que a expressão da irmã estava nitidamente preocupada. Ele e Molly ficaram ali, parados, até que o carro desaparecesse, duas esquinas adiante. — Bem — ele finalmente murmurou —, agora parece que somos só nós dois, querida. Molly não parava de chorar. Clay estava totalmente perdido. Já não sabia o que fazer. Dera a mamadeira, tentara alimentar a menina e chegara a trocar as fraldas. Mas nada disso havia adian-tado. Os gritos de Molly continuavam, deixando-o cada vez mais desesperado. Depois de algum tempo, Clay admitiu que falhara. Ob¬viamente algo estava errado. Precisava de ajuda profis¬sional. Colocou a criança novamente no berço e procurou freneticamente, nas anotações de Anne, o número do hos¬pital onde a mãe de Holt estava internada. Continuou falando calmamente com a menina enquan¬to discava. A telefonista atendeu e pediu alguns minutos para localizar Anne. Molly, por sua vez, não parecia nem um pouco comovida com os esforços do tio, pois continuava chorando cada vez mais alto. Finalmente, a mulher voltou a atender, informando num tom profissional que não fora possível localizar nin¬guém na sala de espera. Onde eles estavam? Será que o vôo atrasara? Ou a mãe de Holt já entrara na sala de cirurgia? — Vamos lá, Molly! — ele implorou ao desligar o te¬lefone. — Pare com isso. A menina o encarava com uma expressão desolada, o que fez Clay sentir-se culpado pela própria impaciência. Talvez ela estivesse doente. Que pensamento terrível! Subitamente, seus piores pesadelos vieram à tona. Concluiu que seria melhor ligar para o pediatra. — Aqui é Clay Barton, e preciso marcar uma consulta para minha sobrinha, Molly Johnson — informou assim que a recepcionista do consultório atendeu. — Agora. Hoje. Esta tarde. — Sinto muito, sr. Barton, mas estamo ...

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