Livro: Uma Paixão Quase Impossível Página 3

... se parece com qualquer convento que eu conheça. Assemelha-se mais a uma fazenda, apesar de haver uma grande cruz na entrada de uma das casas, onde uma mulher está de vigia. Não há nenhum homem à vista. — E quanto a uma víbora? — perguntou Boyd. Evan franziu a testa. — Não que eu tenha visto. — Estamos perto de nosso objetivo, e talvez de cumprir nossa tarefa depressa — disse Lachlan, com uma sensação de alívio. Ele logo iria recuperar Alyce Bunnock, e estaria a cami¬nho de casa dentro de um ou dois dias. Com uma ordem do líder para sua tropa, os guerreiros sentaram-se eretos nas selas e, em uma marcha ritmada, adentraram o terreno descrito por Evan. Após terem cruzado a densa floresta e lutado contra a névoa, chegaram ao con¬vento um pouco antes de o sol se pôr no céu cinzento. Lachlan mandou os homens parar antes de chegarem muito perto do que parecia ser o convento, embora, como Evan o tinha informado, aquilo mais se assemelhasse a uma fazenda. A grande cruz, feita de troncos de árvores, era o único indicador de que o local era ligado à religião. Ficava na frente de uma pequena construção, que ele imaginou tratar-se da capela. Havia duas cabanas mais atrás, e logo além, uma cons¬trução com telhado de palha, duas chaminés e várias jane¬las, cujas persianas de madeira branca estavam fechadas. A porta também era pintada de branco, e sobre ela havia uma cruz feita de galhos de árvore. Um pequeno campo com a terra arada e pronta para o plantio não ficava longe do grupo de casas, e um caminho margeado de pinheiros encaminhava os visitantes para a por¬ta branca, como que acolhendo a todos os que o tomassem. Não havia uma única pessoa à vista, entretanto, como estava escurecendo, as mulheres já deviam estar dentro de casa, em segurança. — Sejam bem-vindos, vocês podem descansar aqui. Lachlan e seus homens seguraram os cabos das espadas, tão grande foi o susto que tomaram ao ouvir aquela voz inesperada, mas ...

quando viram quem tinha falado, relaxaram. — Sou a irmã Megan, e esta é a Abadia Everagis. — Ela sorriu. — Pode parecer uma simples fazenda por fora, mas para as irmãs que a compartilham comigo, é o melhor dos mosteiros. Lachlan reparou que seus homens olharam encantados para aquela bela mulher, pequena e de cabelos escuros. Sua pele era branca e lisa, sua voz suave era como o som de carrilhões, seus olhos verdes, radiantes e encantadores. Além disso, o corpo tinha proporções perfeitas, os seios grandes, a cintura fina e os quadris arredondados. Não se parecia em nada com uma freira. Ela baixou os olhos. — Meus trajes de camponesa o ofendem, senhor? — Não — assegurou Lachlan. Contudo, ele estava curioso para saber por que aquela bela mulher se vestia daquela maneira. Sua curiosidade foi logo saciada. — Nossas tarefas diárias pedem roupas de camponesas, e não os hábitos pesados. — Uma sábia escolha — concordou Lachlan. — Podemos oferecer-lhes alimento e um lugar para acampar durante a noite, se desejarem. — Na verdade, fui enviado para cá com um objetivo específico — explicou Lachlan. Ela levantou a cabeça e o fitou. — Sou Lachlan, do clã Sinclare, e Angus Bunnock me enviou para recuperar sua filha Alyce. — Entendo — disse Megan. — É melhor entrar e falar com. — A abadessa — completou Lachlan, dando a entender que queria falar com a mulher que estivesse no comando. — Vou levá-lo até a pessoa com quem precisa falar. Megan caminhou à frente dele, mais como quem flutuas¬se do quem como quem andasse, e entrou. Lachlan acenou para Evan, pedindo para que se aproxi¬masse. — Essa Megan apareceu do nada, não demonstrou sur¬presa com nossa chegada e nos ofereceu abrigo. É como se ela já estivesse nos esperando. — Pensei a mesma coisa — respondeu Evan. — Mas quando fiz o reconhecimento do local, não vi viv’alma. — Mas alguém o viu. — Talvez algum vigia. — Descubra quem foi ...

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