Livro: Beijo inesquecível Página 3

... quele olhar irritado. Imaginou como seria toda aquela fúria transformada em paixão. — Arthur não deveria ter aborrecimentos. Quanto tempo mais vai levar para. — Eu já estava chamando a sra. Bradshaw, mas Arthur não queria interromper nossa conversa até acertarmos todos os detalhes do contrato — Drew informou, com um tom gélido. — Quando se trata de trabalho, Arthur não sabe quando deve parar. O senhor deveria saber disso — completou, encarando Drew, que estava pronto para responder quando Arthur entrou na conversa. — Drew, esta é Laine Sullivan. Encarou-a, atônito. Aquela mulher adorável e fascinante era a gerente que seu tio havia imposto no contrato. Enquanto observava a moça ajudar seu tio a caminhar até o sofá, Drew decidiu que suas relações com Arthur deveriam estar além das de patrão e funcionária. Seria uma oportunista, como Caroline? Caroline era capaz de sentir o cheiro do dinheiro como um tubarão fareja sangue em alto mar. Dois anos atrás, o próprio Drew fora fisgado pelo charme daquela bela mulher. Ao observar as atenções afetuosas de Laine Sullivan com seu tio, sentiu que se abriam velhas feridas. Seria ela a razão do desaparecimento do dinheiro da empresa? Era difícil imaginar aquela mulher como uma espertalhona, mas Caroline já havia mostrado como as aparências enganam. — Não fique aí parado — Laine falou em voz alta, afastando aqueles pensamentos da mente de Drew. — Diga à sra. Bradshaw para chamar Dennis. Arthur precisa ir para casa e repousar. Drew decidiu naquele instante que, para o bem de Arthur, deveria cortar imediatamente os laços que tinha com aquela mulher. — Vou cuidar de meu tio. Diga à secretária para Dennis esperar lá fora. Laine ergueu-se em seu quase um metro e oitenta de altura. Apesar de Drew Casteel tê-la intimidado, ela encarou-a com seus olhos cor de esmeralda. Mas, de repente, algo suavizou o rosto dela, como se tivesse percebido que estava agindo mal com o sobri ...

ho de Arthur. Então, sorriu. — Sei que está preocupado com seu tio, mas Fred Fleming está agendado para as duas da tarde, quando discutiremos sobre um importante empréstimo. Se nem você nem Arthur estiverem aqui, ele não sentirá a solidez da empresa. — Nós precisamos desse dinheiro — Arthur salientou. — É melhor ficar, Drew. — Não é melhor ficar também, srta. Sullivan? — Drew perguntou. — Vou ter de analisar o caixa da empresa antes de fechar o empréstimo com Fleming. Era verdade, Laine pensou. Ela sabia que Arthur ficara apenas uma hora por dia na construtora, e isso não era tempo suficiente para discutir as finanças em profundidade. Ela deveria entrar em alguns detalhes, mas a preocupação com a saúde do patrão, e amigo, vinha em primeiro lugar. — Posso acompanhar Arthur até a casa e voltar em seguida — ela disse a Drew. Antes que ele pudesse responder, o chofer de Arthur, Dennis, entrou no escritório. Drew percebeu que as vozes altas deviam ter alertado a sra. Bradshaw, que chamou o motorista. — Eu disse que ele não estava com bom aspecto hoje — Dennis comentou. — Não deveria ter acreditado quando disse que se sentia bem esta manhã. — Tinha de vir ao escritório — Arthur respondeu, com um sorriso cansado. — Bem, por hoje, então, seu dia de trabalho se encerrou — Laine concluiu. — E amanhã ficará em casa — ela acrescentou. — Vou cuidar disso pessoalmente. Arthur balançou a cabeça. — Não, você precisará estar no escritório amanhã. — Pode deixar, poupe suas palavras. Enquanto acompanhavam Arthur para fora do escritório, Laine sentiu a hostilidade que vinha do olhar de Drew Casteel. Ela parou na escrivaninha da secretária, tentando ignorar a reação do homem que a observava. Decidiu que não deixaria que aquele olhar a afetasse. A expressão da sra. Bradshaw refletiu a preocupação com o estado de saúde do patrão. — Pensei que a situação fosse grave, então chamei o d ...

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