Livro: Beijo inesquecível Página 2

... ndidade com Laine Sullivan, uma gerente, mas não com seu próprio sobrinho. Afinal, Drew era especialista em finanças, e Arthur sabia disso muito bem. — É claro que essa situação deve estar se agravando há um certo tempo — Drew argumentou. — Não será fácil conseguir crédito outra vez. — Você sabe que a reputação da empresa é muito boa. Isso o ajudará, e também a capacidade de trabalho de Laine, com números e também com pessoas. — Quer dizer que não tenho capacidade com números e pessoas? — Drew perguntou, com um sorriso forçado. — Sabe o que quero dizer. Você é brilhante em tirar empresas de problemas financeiros. Seu nome aparece nos jornais com bastante freqüência. E você pode ainda usar seu charme, quando for necessário. Mas os funcionários da construtora estarão lidando com uma pessoa nova, e, principalmente por isso, vai precisar de Laine. Você verá. O que Drew poderia ver em Sullivan? Era claro que o declínio da empresa coincidia com o declínio da saúde de Arthur. Era só olhar os balanços. Nos últimos seis meses, Arthur só tinha condições de trabalhar algumas poucas horas por dia, um fato que contara a Drew apenas aquela manhã. Sullivan foi responsável pela construtora durante quase todo o tempo. Quem sabe estava enchendo seus bolsos com o dinheiro da empresa. — E se essa Sullivan resolver deixar a Masters? — Drew perguntou, mantendo um olhar atento sobre a reação de Arthur. Ele balançou levemente a cabeça, quase sem fôlego. — Laine é muito dedicada à empresa. Drew tocou o pulso do tio. Ele já se esforçara muito mais do que sua condirão permitia. O coração estava fraquejando. Arthur tentou recobrar o ânimo. — Apenas escreva isso no contrato: Laine Sullivan fica na empresa. Drew pegou uma caneta, fez as mudanças necessárias e assinou o contrato entre as duas empresas, absolutamente contrariado. Porém, Arthur precisava dele, e Drew sabia que não poderia discutir com o ...

tio, que estava com a saúde bastante debilitada. — Seus remédios estão na gaveta? — ele perguntou, preocupado com a respiração apressada de Arthur. O tio afastou a mão de Drew do contrato e acrescentou suas iniciais em todas as páginas. Depois, assinou o documento. O assunto estava encerrado. Drew tinha a clara sensação de que o Arthur estava cometendo um erro. Nos oito anos em que funcionou a Consultoria Casteel ele conseguiu livrar todos os clientes dos problemas financeiros. Sabia que teria uma batalha pela frente, e não gostava de perder. Mas quando a respiração de Arthur se tornou mais difícil, ele percebeu que não havia escolha. Deveria fazer o que seu tio pedia: aceitar Laine Sullivan, a protegida. Arthur chamou a secretária e procurou os remédios na gaveta da escrivaninha. Nesse instante, uma voz melodiosa de mulher chamou a atenção dos dois. — Vou ver o que Arthur precisa, sra. Bradshaw — ela disse. Quando a mulher entrou na sala, Drew ficou impressionado com a perfeição das curvas e a elegância dos movimentos. Devia ter mais ou menos trinta anos, traços delicados e uma aura de vivacidade permanente. O brilho do sorriso poderia fazer um homem perder a cabeça, esquecer todos os compromissos profissionais. Quando ela avistou Arthur, ficou completamente pálida. Esqueceu de fechar a porta e correu para verificar o pulso. Ainda espantado, Drew percebeu que era algo que já tinha acontecido várias vezes, pois a moça parecia saber exatamente o que fazer. — Feche os olhos. Respire lentamente. Enquanto Arthur tentava respirar, ela alargou a gravata e abriu os botões da camisa, como se já tivesse feito isso inúmeras vezes. Arrancou os remédios da mão de Drew e os deu a Arthur. Ele tomou os comprimidos sem protestar. Após alguns minutos, quando Arthur parecia estar respirando um pouco melhor, ela virou-se para Drew. — Você é o sobrinho de Arthur, não é? Drew apenas fez que sim com a cabeça, respondendo à ...

Comentários:

Deixe aqui seu comentário sobre este livro: