Livro: Paixão Ardente - Cassandra Austin
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... Hero of the Flint Hills Cassandra Austin Ele não pretendia gostar de uma garota da cidade, quanto mais se apaixonar por ela! América do Norte, 1876. Christian Prescott encontrava-se diante de um dilema: seu amor por Lynnette Sterling, a noiva do irmão. Aquela mulher havia aprisionado seu coração, e Christian estava disposto a tudo para tê-la nos braços. Mas ele sabia que qualquer atitude que tomasse mudaria para sempre sua vida. As cartas estavam marcadas, e não havia como fugir. Se lutasse por Lynnette, teria de romper com sua família. Se a deixasse se casar com o irmão, seu coração continuaria árido como a planície do Oeste Disponibilização: Valéria Digitalização: Joyce Revisão e Formatação: Cynthia CAPÍTULO I Kansas, 1876 Christian Prescott estava aborrecido. Do celeiro, tinha visto o irmão chegar na charrete. Correra para casa. Agora, lamentava não estar no estábulo. Faltava-lhe paciência para agüentar a conversa de Arlen, sem dizer nada que o magoasse. O irmão mais novo falava de uma jovem que conhecera em Topeka. Pelo jeito, pretendia casar-se com ela. — Vocês dois vão adorá-la, também. Ela estudou em boas escolas, é refinada e. linda. Linda como uma boneca de porcelana! Arlen andava de um lado para o outro, pelo tapete. — Ela é educada. Culta. Bem parecida com mamãe. — Sua mãe nos abandonou, Arlen. Ela odiava a fa¬zenda — cortou Christian. O velho fazendeiro endireitou-se na cadeira de couro, visivelmente contrariado. — Bem, é verdade — concordou Hugo. — Porém, ela não passará muito tempo aqui. Logo que Arlen seja eleito deputado, ficarão a maior parte do tempo em Topeka. — Talvez ela goste da fazenda, se for bem-vinda — Arlen retrucou. — Aliás, eu a convidei para passar o verão aqui. Vai chegar no trem da próxima semana. Num pulo, Christian levantou-se, reclamando: — Ela vai ficar aqui durante todo o verão? Fazendo o quê? Você sabe que passamos a ma ...

or parte do tempo fora. — Mamãe vai mandar Emília com ela. Era inacreditável! Christian tentou imaginar a tal bonequinha de porcelana de Arlen, na companhia da irmã de treze anos. Até mesmo Emília ficava aborrecida com a rotina da fazenda. Não havia nenhuma programação social nas vizinhanças. Era só o que faltava, agüentar duas mulheres morrendo de tédio, durante todo o verão. — Seu nome é Lynnette Sterling. Lynnette. —Arlen parecia perdido em seus pensamentos. — Ela entrou no escritório do Sr. Ditmer, tão leve como uma brisa de primavera. — E foi amor à primeira vista. — O Sr. Ditmer estava fazendo o inventário do pai dela — explicou Arlen, saindo do devaneio. — Ele nos apresentou. A situação de Lynnette é muito difícil. — E que situação é essa? — Hugo perguntou, curioso. -— Ira Sterling foi um dos primeiros pioneiros a se estabelecer em Topeka. Acho que era de Nova York. Um abolicionista fervoroso. Sorrindo, Christian olhou para o pai. Arlen era esperto, sabia que esse fato era importante para Hugo. — A família da mãe participou da Guerra Civil — prosseguiu o rapaz. — Essa é a história de sua origem, não sua situação, filho. Arlen, com hesitação, mudou sua postura. Deixou de lado o papel de advogado bem falante e passou a com¬portar-se como um garoto meio perdido. — Ela não tem para onde ir, depois da morte do pai. A mãe morreu quando ela era ainda uma criança e a doença do pai consumiu todos os recursos da família. A casa que tinham precisou ser vendida para pagar as dívidas. Você prometeu casar-se com ela, Arlen? — perguntou Christian. — Não teria sido melhor ajudá-la a encontrar alguma espécie de trabalho? — Ela é tão bonita! Não posso imaginá-la trabalhando para sobreviver. — Não, claro que não podia, pensou Christian, menean¬do a cabeça. Uma frágil boneca de porcelana trabalhando? Impossível. Aproximando-se, estendeu a mão, num cumprimento. — É b ...

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