Livro: Treinamento de sedução Página 2

... hum. Tínhamos que voltar e procurá-lo. Com ou sem ordens. — É. — Eles ergueram seus copos e brindaram. Zack concordou. Sabia ter feito a coisa certa — a única coisa a fazer. Mas era bom ouvir seu amigo apoiá-lo. As regras eram sim¬ples e ele vivia por elas. Um militar SEAL da Marinha não deixa¬va um homem para trás. Se uma equipe de seis homens ia, os seis tinham que voltar. Mortos ou vivos, todos voltavam para casa. Lembranças momentâneas surgiam em sua mente, eram reco¬nhecidas e desapareciam. Ele se lembrava claramente de tudo. Aquela missão, duas semanas atrás. tinha sido ruim desde o início. Sua equipe fora enviada para se infiltrar, resgatar, depois sair, depressa. Mas alguém tinha alterado o serviço de inteligência. O refém não estava onde devia estar. Quando Zack e os outros encontraram o homem, restava pouco tempo. Apenas duas horas antes da remo¬ção. O disfarce deles fora revelado, e Hunter Cabot levara um tiro. Zack e a equipe, ao voltar para o barco Zodiac com o refém, per¬ceberam que faltava Hunter. Zack tinha informado ao comando, recebendo então ordens para esquecer Hunter e sair de Dodge. Só de lembrar-se da facili¬dade com que a vida de um SEAL era descartada, ele ficava furio¬so novamente. A mão de Zack apertou o copo de cerveja. De jeito nenhum ele concordaria em largar para trás um membro de sua equipe. Assim, contrariando ordens, deixara a equipe guardando o refém e voltara para resgatar Hunter. Agora, Hunter estava se recuperando no hospital, rodeado de enfermeiras lindas, sendo paparicado, e Zack tinha sido sentencia¬do a servir de babá para uma riquinha. E, a vida era justa. — Que tipo de peixe você acha? — Hã? — Franzindo o rosto, Zack olhou para Danny. — Quero dizer, talvez seja algo interessante, como tubarões. Lá em casa, uma vez vi um tubarão, grande o bastante para. — Por favor. — Zack ergueu a mão e franziu o rosto. — Nada de contos-de-fadas havaianos hoje, certo? ...

ão havia nada que Danny gostasse mais que contar histórias sobre a beleza do Havaí, as grandes ondas, as mulheres lindas e exatamente quantas daquelas mulheres eram loucas por Danny Akiona. Zack não estava a fim. Danny sorriu. — Bom. Quando precisa ir conhecer a mulher peixe? — Sou um homem livre até amanhã de manhã. — Inferno, irmão, isso nos deixa esta noite toda — Danny fa¬lou, a voz quase musical. Zack sorriu, sentindo-se um pouco melhor. Faltava muito para as oito horas. Não precisava agir como se estivesse na prisão, até a porta da cela se fechar. — Você está certo. — Muito certo. — Danny fez sinal para a garçonete, pedindo outra rodada de cerveja, depois olhou para Zack. — Podemos en¬contrar duas damas para nós, e depois relaxar e descansar em ape¬nas uma noite. Se esta é a sua última, vamos fazê-la valer a pena, irmão. Uma noite. Ele e Danny já tinham feito o mesmo antes, reviran¬do cidades e dando boas-vindas ao amanhecer, em incontáveis países. Não havia por que não aproveitar a noite antes de iniciar uma nova missão. Como quer que Kimberley Danforth — Deus, que nome idiota — fosse, não precisaria enfrentá-la até amanhã. E, como qualquer SEAL sabia, você vive um momento de cada vez, porque nunca sabe se vai ter outro. — Como eu disse antes, direi novamente — Zack falou, orde¬nando a si mesmo para relaxar e aproveitar o resto da noite. — Hula — falou, usando o apelido de Danny na equipe —, gosto do seu estilo. Kim Danforth olhou fixo para o telefone em sua mão, e depois colocou-o de volta na orelha. A frustração aumentava dentro dela, misturada à crescente sensação de que estava perdendo a batalha. — Pai, eu já disse, isso é ridículo. Não quero um cão de guarda e certamente não preciso de um. A voz de Abraham Danforth, forte, fluida e exigente, passou pela linha. — Kimberley, faça isso por mim. Essas ameaças não devem ser ignoradas. O medo de seu pai quan ...

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