Livro: A Rendição de Sarah - Cynthia Clement Página 2

... inha. — Vou ficar dentro da água até que saia daí — desafiou-o. — Será que não tem nada para fazer, além de atormentar uma mulher indefesa? — Ora, mas você não parece indefesa. — Ele se aproximou ainda mais da beira da água, segurando a toalha. — Apenas quero saber seu nome. — Se eu disser, promete que vai embora? — Humm. Talvez. Ela pensou por um momento, levando em conta a situação constrangedora em que se encontrava, e decidiu que não fa¬ria diferença que ele soubesse seu nome. — Sarah. — Lindo nome para uma bela mulher. O meu é Alex. — Agora vá embora, por favor. Preciso sair daqui. Ele franziu o cenho. — Não. — Afastou-se da borda e se acomodou numa enor¬me rocha que havia ali perto. — O que está pretendendo? — Sara indagou, sentindo um arrepio percorrer seu corpo. — Nada. — Após uma breve pausa, ele continuou: — Não farei nada de mal a você. Dou-lhe minha palavra de honra. Sarah observou atentamente o rosto dele. Não havia como saber se falava a verdade. Não sabia se poderia confiar num estranho. Já estava atrasada para voltar para casa e sua prima, Caroline, certamente ficaria furiosa com ela. — Todos os homens são dissimulados. — Tremeu ao per¬ceber um lampejo de malícia nos olhos dele. — E você está se comportando de modo impróprio. Quem permitiu que nadasse aqui? — Não achei que precisasse de permissão — ela respon¬deu, desviando o olhar do rosto enigmático. Costumava nadar naquele lago todos os dias, desde que o descobrira havia um mês. — Sei que não é comum nadar. — Mas mesmo assim está aqui, não é? — Alex indagou calmamente. — Sim — ela concordou e baixou os olhos. — Não vai contar para ninguém, vai? — Acabou de dizer que não acredita na minha palavra e agora pede que eu guarde um segredo? — perguntou sar¬cástico. — Que jeito esquisito de ver os homens! — Tenho minhas razões para pensar dessa maneira — Sarah respondeu ...

desafiadora. — Pode ser — ele concedeu tranqüilamente. — Mas ainda tem um problema. Pretende ficar na água para sempre? Ela tiritava de frio e o estranho parecia resolvido a não arredar os pés dali. O que podia fazer? De qualquer forma, o pior já acontecera, pois ele a espionara por um bom tempo, pensou. Não havia muito mais a esconder. Com movimentos vigorosos, nadou até a margem e saiu da água não se preo¬cupando em esconder a nudez. Os olhos de Alex seguiram seus movimentos, apreciando cada passo. — Incrivelmente linda — disse com admiração, estendendo-lhe a toalha. — Ainda bem que não tentou se cobrir com as mãos. Não tem nada do que se envergonhar. Sarah puxou a toalha, cobriu-se rapidamente e começou a se afastar. Sentia o rosto quente, mas não queria demons¬trar seu embaraço, pois ele poderia considerar aquilo uma fraqueza a ser explorada. — Se eu soubesse que estava sendo espionada, não teria vindo nadar aqui. — Caminhava na direção de suas roupas. — Uma dama não deveria nunca nadar nua. — Alex aproximou-se dela mais uma vez. — E um cavalheiro não deveria se aproveitar da situação. Sarah curvou-se para apanhar as roupas, porém ele foi mais rápido e pegou-as primeiro. — Deixe-me ajudá-la. — Entregou à delicada lingerie e o vestido. Ela agarrou as peças com as mãos trêmulas e virou de costas para se vestir. Ao terminar, começou a secar os cabelos com a toalha. — Como descobriu este lugar? A propriedade está tão mal cuidada que não é fácil encontrar o lago. Sarah olhou-o de relance. Ele tinha ombros largos e era bem alto. O corpo transpirava virilidade e poder. O rosto bronzeado não denotava qualquer emoção, mas os olhos bri¬lhavam ao observá-la. — Sempre venho para estes lados. Em comparação com o resto da propriedade, este trecho não está tão ruim. Ao levantar um pouco a barra do vestido para ir embora, Alex impediu-a, agarrando com firmeza seus braços. Ofegante, ...

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